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A Terra recebe dois tipos de radiação ultravioleta, a UVA e UVB. Assim, os raios UVB são responsáveis pelas queimaduras solares. Mas também estimulam a produção de melanina. Portanto, o surgimento do bronzeado. Em suma, são eles os responsáveis por, além da vermelhidão, uma alteração do DNA das células cutâneas. Por outro lado, os raios UVA representam 95% dos raios ultravioleta que atingem a pele e são os principais responsáveis pelo envelhecimento prematuro da pele: rugas, manchas, perda de elasticidade e ressecamento.

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“Dermatologicamente nenhum bronzeado é saudável”, afirma a coordenadora do ambulatório especializado em cosmiatria (ramo da dermatologia voltado para a estética) da Unicamp, Raquel Tancsik Cordeiro.

“O bronzeamento nada mais é que a pigmentação da pele devido ao aumento da produção de melanina em resposta à agressão causada pela exposição à radiação ultravioleta”, explica.

Os raios UVA, utilizados nas proibidas câmaras de bronzeamento artificial, deixam a pele bronzeada após meia hora de exposição. O problema é que, por não causar queimadura, não se pode controlar níveis seguros de exposição.

“A radiação UVB causa vermelhidão, pigmentação e induz a alterações celulares que levam ao câncer de pele. Já a radiação UVA, além de causar pigmentação da pele e induzir ao câncer, causa envelhecimento precoce”, esclarece a dermatologista.

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Por isso, a melhor solução para um bronzeado seguro é recorrer aos tratamentos autobronzeadores. Tanto em loção, vendido em drogarias e supermercados, quanto a jato, realizado em clínicas de estética, estes bronzeadores geralmente são produtos ricos em dihidroxiacetona (DHT). Esta substância é capaz de mudar a cor da pele, mas não é nociva à sua saúde. De acordo com Raquel, ela só tinge a camada superficial e raramente causa alergia. Mas é sempre bom testar o produto em uma pequena área do corpo primeiro.

A aplicação dependerá de cada fabricante, mas normalmente pode-se ganhar um bronzeado por até 10 dias, sem o ressecamento da pele e sem descascar. O tratamento continuado e processual. Exige cuidados para não manchar, exagerar em partes do corpo que já tendem a ser mais escurecidas (como joelhos e cotovelos) ou tingir locais inusitados, como palmas das mãos e dedos.

A necessidade do banho de sol, essencial para a produção de vitamina D na pele, fundamental para absorver o cálcio do intestino, já vem sido questionada por alguns pesquisadores. Segundo artigos, uma exposição despretensiosa aos raios solares já permitiria a produção adequada de vitamina D. Contraindicando-se, desta forma, banhos de sol que durem mais de 20 minutos, mesmo com proteção solar.

Outras opções

Se não puder evitar, sempre bom relembrar os cuidados para amenizar os danos causados pelos raios UVA e UVB: “há necessidade do uso de filtro solar FPS 15 ou mais – aplicado meia hora antes da exposição e a cada duas horas – de roupas, bonés e óculos de sol, além de se evitar o sol entre as 10 e 16 horas”, alerta a dermatologista.

No caso dos bronzeamentos a jato, existe a opção de se entrar em uma cabine ou de se aplicar manualmente por spray. A primeira é composta de diversos ângulos de jatos, estrategicamente posicionados, capazes de colorir o corpo uniformemente. Em cerca de 45 segundos é possível sair com outra aparência. Na aplicação manual, a esteticista usa uma espécie de aerógrafo que esborrifa o bronzeador de forma homogênea na pele.

Foto: Getty Images

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