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Obesidade infantil: alimentação pode alterar tendência genética

Estudo revela que alguns alimentos podem modificar a sensação de saciedade em crianças

Atualmente, a obesidade infantil é um problema de saúde que cada vez mais precisa de atenção. Além dos transtornos emocionais gerados pelos fatores estéticos, o excesso de peso pode prejudicar seriamente o organismo da criança e aumentar o risco de doenças crônicas durante a vida adulta.

Dentre os motivos que contribuem com a obesidade infantil, a má alimentação é a principal causa. Agora, um estudo realizado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e a Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA), publicado em 2018, mostrou que a dieta alimentar ainda pode causar alterações genéticas na tendência à obesidade.

A alimentação x genética

O estudo foi realizado com 1.211 crianças entre quatro e 11 anos em Salvador, das quais uma a cada dez estava acima do peso ideal. 8,8% estavam com sobrepeso e 4,8% já considerados obesos.

Avaliou-se a dieta alimentar das crianças e o efeito que a alimentação pode causar no gene receptor da leptina – hormônio conector da atividade neural que identifica a saciedade e avisa o corpo para parar de comer.

O estudo mostrou que o consumo de bebidas açucaradas (refrigerantes e sucos artificiais) e cerais refinados (como pão, bolos e biscoitos, entre outros) pode alterar a atuação desses genes em crianças que já possuem a tendência à obesidade.

Ou seja, a ingestão desses alimentos potencializa o ganho de peso nas crianças geneticamente predispostas ao armazenamento de gordura porque, além do excesso de calorias, comprometem a sensação de saciedade. A descoberta já foi publicada na revista científica Nutrients.

Como prevenir a obesidade infantil

  •         Garantir que a criança e/ou adolescente siga uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes e verduras. Um acompanhamento com um profissional da área é ideal;       
  •         Evitar que a ingestão de alimentos processados, gordurosos e cheios de açúcar seja constante;
  •         Incentivar a prática de atividades físicas de escolha;
  •         Realizar os exames necessários para descartar fatores hormonais que podem influenciar no ganho de peso;
  •         Caso identifique fatores emocionais, como ansiedade e tristeza, gerando compulsões alimentares, é essencial que a criança receba auxílio de um psicólogo.

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