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Doença de Lyme, a doença transmitida por carrapatos
Condição se manifesta em três estágios e pode gerar complicações graves
Os carrapatos são capazes de provocar lesão cutânea e podem transmitir doenças. O principal agente no Brasil é conhecido como carrapato estrela.
No nosso país, a doença mais importante transmitida por eles é a febre maculosa, causada pela Rickettsia rickettsii. Na Europa e EUA os carrapatos transmitem a Borrelia burgdorferi, causadora da doença de Lyme.
A doença de Lyme é uma condição mais comum no hemisfério norte do globo, sendo rara no Brasil. Porém, casos já foram registrados em nosso país denominados doença de Lyme-símile.
Manifestações da Doença de Lyme
A condição, que no Brasil é conhecida como Borreliose Humana Brasileira e é mais frequente nas estações quentes, se caracteriza por uma infecção transmitida diretamente pela picada do carrapato e pode apresentar três estágios diferentes:
● Estágio 1: a principal manifestação da doença, uma lesão na pele do tipo eritema migratório crônico (EMC), aparece em 60% a 80% dos casos de 3 a 30 dias após o contato com o carrapato. Geralmente, é apenas uma lesão avermelhada com o centro mais claro no local onde a picada aconteceu. Os outros sintomas presentes nesse estágio são muito parecidos com os de gripes e resfriados, como febre, cansaço, dores de cabeça, musculares e articulares.
● Estágio 2: quando acontece o surgimento de outras lesões espalhadas pelo corpo, considerando-se a doença como disseminada. Esse quadro costuma acontecer semanas a meses após a infecção inicial. Os maiores riscos dessa fase é que o sistema neurológico, cardíaco, osteoarticular e oftalmológicos podem ser afetados. As consequências podem variar entre perda do reflexo, queimação, coceira e/ou dormência nos locais acometidos, neuropatia craniana, lesão dos nervos da coluna, quadros de meningite, ou encefalite, com mudanças comportamentais, arritmia, miocardite, angina, vasculite, bloqueio atrioventricular, lesões na retina, inflamações oculares e até cegueira. As sequelas podem ser irreversíveis.
● Estágio 3: se manifesta meses ou mesmo anos após a infecção e inclui o desenvolvimento de artrite crônica, acrodermatite – condição que provoca bolhas vermelhas ou roxas na pele, doloridas e que causam coceira – e encefalomielite, inflamação do cérebro e da medula espinhal.
Como se prevenir
Caso viaje para áreas de risco, use calças e blusas de manga compridas nas cores claras para ajudar na visualização do carrapato. O uso de repelentes de insetos também contribui.
Ao fazer trilha, evite as margens do rio que é o local onde os carrapatos costuma ficar. Depois, sempre verifique o seu corpo no banho, pois eles costumam se incorporar na superfície da pele. Ao encontrá-lo, remova-o imediatamente com uma pinça, pois a transmissão de agentes infecciosos pelos carrapatos implica um tempo de aderência na pele, de no mínimo 6h, portanto a detecção e retirada precoce dos mesmos é importante. Procure ajuda médica ao apresentar sintomas.
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