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Apimentar a vida traz benefícios à saúde

Começo essa coluna levantando uma questão bem simples: será que apimentar a vida traz mesmo benefícios à saúde? Embora muitos estejam pensando em apimentar a vida de outra maneira, o que em muitos casos é bem recomendável, hoje vamos falar apenas deste alimento que literalmente nos faz pegar fogo: a pimenta.

A princípio parece que é impossível pensar em benefícios quando o assunto é pimenta, afinal, ao comê-la os nossos olhos lacrimejam, nossa boca e nossa língua ardem e ficam vermelhas e, por alguns segundos, acreditamos ser capazes de acabar com a reserva de água do planeta. Mas, contrariando a tudo isso, estudos realizados pela comunidade científica e farmacêutica já identificaram diversas propriedades benéficas desse alimento. A pimenta é rica em vitaminas A, B1, B2, C, E e niacina e capsaicinóides. Ou seja, ela pode prevenir os coágulos sanguíneos que causam infartos ou derrames cerebrais porque tem ação de vasodilatação dos vasos sanguíneos. Ela tem ainda componentes antioxidantes que atuam no antienvelhecimento e como anti-inflamatório. Sem contar que ela ajuda na prevenção de alguns tipos de câncer.

Outra vantagem é que a pimenta pode aliviar a congestão nasal e por ser termogênica, ajuda queimar calorias.

Mas para entender melhor os benefícios que esse alimento proporciona, é preciso aprender um pouco mais sobre as suas propriedades nutricionais.

1- Por que ela arde?
A picância das pimentas vermelhas deve-se à presença de uma substância chamada capsaicina, que em excesso, pode destruir os sensores localizados na boca, afetando o paladar por conta dessa ardência que proporciona. Já no caso da pimenta-do-reino, a substância que causa esse efeito é chamada de piperina. Para medir o grau de ardor de determinada pimenta usa-se a Escala de Scoville.

2- Quais são os principais tipos?
Pimenta malagueta; pimenta-do-reino, pimenta comari; pimenta de cheiro; pimenta chifre de veado; pimenta-da-jamaica; pimenta rosa; pimenta jalapeño; serrano; habanero; ancho; tabasco; pimenta tailandesa; coreana; páprica húngara; espanhola; dos Bálcãs; marroquina; e outras.

3- Qual o valor nutricional?
O seu valor nutricional é relativamente alto por conter boas fontes de vitaminas, principalmente C e A. A pimenta apresenta ainda cálcio, ferro, caroteno, tiamina, niacina, riboflavina e fibras. Ela é um alimento hipocalórico, com aproximadamente 36,6 calorias em uma porção de 100 gramas. Em cinco unidades do alimento, encontra-se 1,24g de proteínas e 7g de carboidratos.

4- Pimenta X Benefícios:
– É rica em vitamina A, B1, B2, E e niacina;
– Possui 6 vezes mais vitamina C do que a laranja;
– Possui flavonoides;
– Auxilia na congestão nasal;
– Tem potencial cicatrizante de feridas;
– Provoca a dissolução de muco dos pulmões;
– É descongestionante;
– É antioxidante, anti-inflamatória e anti-envelhecimento;
– Ajuda na dissolução de coágulos sanguíneos e previne a arteriosclerose, os infartos e os derrames cerebrais por causa da vasodilatação;
– Tem ação antibacteriana;
– Evita hemorragias;
– Ajuda a regular o colesterol;
– Aumenta a resistência física;
– Possui propriedades analgésicas e energéticas.

5- Pimenta para ser feliz:
A capsaicina e a piperina também influenciam a liberação de endorfina no cérebro, hormônio que causa sensação de bem-estar. Isso acontece porque quando ingerimos um alimento apimentado, são ativados receptores sensíveis na língua e na boca. Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem básica: a de que a boca estaria pegando fogo. E essa informação gera imediatamente uma resposta do cérebro, que é de iniciar a produção de endorfina no organismo para tentar minimizar ou apagar esse incêndio. A liberação da endorfina é que provoca a sensação de bem-estar e um estado de consciência muito agradável. Estudos comprovaram que quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida.

6- Pimenta para melhorar a digestão
As substâncias picantes das pimentas (capsaicina e piperina) também melhoram a digestão, pois:
– Estimulam as secreções do estômago;
– Possuem efeito anti-flatulência;
– Estimulam a circulação no estômago;
– Favorecem a cicatrização de feridas (úlceras).

7- Pimenta emagrece?
Embora surpreendente, pesquisas científicas mostraram que o uso da pimenta vermelha durante as refeições proporciona um aumento da liberação noradrenalina e adrenalina no sistema nervoso. Com isso, há uma diminuição do apetite e da ingestão de calorias. A pimenta acelera também o metabolismo e, assim, faz com que se queime mais calorias. Isso ocorre porque os capsaicinóides, que são substâncias responsáveis pelo ardor do alimento, elevam a temperatura corporal. E para o organismo mantê-la a mais ou menos 36,5 graus (considerada a temperatura normal), o corpo gasta energia.

8- Contra-indicação:
Assim como qualquer alimento, nem todas as pessoas podem consumir a pimenta. Os indivíduos com hipertensão ou com problemas gastrointestinais, como gastrite, úlcera, hemorróidas, fissuras ou lesões devem evitá-la, uma vez que a capsaicina funciona como um agente agressor das mucosas. Apesar de a pimenta não causar esses problemas, ela pode agravá-los.

Para quem ama aquele gostinho ardido da pimenta, uma boa notícia: ela pode sim ser ingerida diariamente, nas principais refeições. Mas é preciso maneirar na quantidade para que o prazer não passe a ser um transtorno. Afinal, quando consumida em quantidades exageradas, a pimenta ativa os receptores na língua que fazem com que a pessoa perca a sensibilidade e, conseqüentemente, coma mais sem perceber. Além disso, a capsaicina em excesso pode destruir esses sensores e afetar o paladar. Portanto, bom-senso também é fundamental!

Você tem o hábito de comer pimenta?

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