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A UnicPharma recebeu, em live, no último 29 de setembro, o farmacêutico clínico, professor e doutorando em farmacologia, Kauê Cézar Justo, do Instagram @descomplicandoafarmaciaclinica. O bate-papo levou bastante conhecimento e informação, além de desmistificar a área. Kauê contou que escolheu a farmácia por acaso, rolou o scroll do mouse e caiu em farmácia.
Sempre soube que faria algo relacionado a saúde, mas qual área foi escolher somente na hora de fazer o vestibular. “Foi a farmácia que me escolheu”. Farmacêutico clínico, Kauê Cézar contou sobre o que diferencia o farmacêutico que as pessoas vêem atrás do balcão, da parte clínica:
“Comecei na farmácia clínica fazendo esse link entre balcão consultório. Então, logo que me formei, já trabalhava em uma farmácia no interior, fazia pós em farmácia clínica, e mestrado, onde atendia pacientes em unidades básicas. Assim, quis trazer esse tipo de atendimento para uma farmácia. Então, essa visão, infelizmente, muitos ainda têm. Mas o farm. clínico cuida de pacientes, está em contato direto com eles, ajudando na gestão do medicamento, fazendo rastreamento de doenças, etc, além da parte de gestão de farmácia e compra de produtos”.
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Além dos balcões
Kauê Cézar contou que estranha a forma “bizarra” que os brasileiros têm de se automedicarem. Explicou que o público acha comum a pessoa ir até uma farmácia, pegar um remédio que ela “escolheu” e tomar sem uma recomendação. Porém, bradou que o trabalho “por trás” do que o grande público vê é gigante.
“A gente trabalha muito para rastrear doenças. Hoje, no doutorado, faço parte de um projeto que atendemos pacientes com Parkinson numa clínica. Então, todo o modo de como tratar o paciente é passado por nós. Trabalhamos nos bastidores com o restante da equipe de saúde, decidindo e individualizando a melhor terapia para os pacientes. É algo que não esta muito à vista do público, da mídia, mas é um movimento muito legal que está acontecendo e tem uma relevância gigante para a população”.
O professor alertou que nem sempre o farmacêutico está preparado para receber um paciente. Porém, não é necessariamente despreparo, pode ser um dia ruim que todas as pessoas tem. Mas Kauê revelou que o propósito de ajudar o próximo faz com que estes profissionais se superem e quanto mais estudo, mais preparado estará.
“A atualização nesta área deve ser constante. Ao mesmo tempo que se sabe muita coisa, também se tem muita dúvida. Sempre falo: ‘desconfie de quem tem muita certeza das coisas’, porque é uma infinidade de conhecimento, estudo, pesquisa, novos dados… É uma dificuldade, mas é algo engrandecedor e nos torna mais preparados”.
Estudo da farmácia no ensino básico e o salário de um recém-formado
Kauê Cézar é um adepto do estudo da farmácia no ensino básico: “a cultura que temos no Brasil de uso de medicamentos me incomoda muito”. O professor afirmou que se o ensino farmacêutico nas escolas poderia mudar uma cultura “hipocondríaca”. Logo, isso trariam uma visão diferente para a população. Além disso, comentou que, em sua visão, o salário de um farmacêutico recém-formado é um dos melhores do mercado:
“O piso está entre 3 mil, 4 mil reais. Então, desconheço profissão em que o profissional recém-formado saia com várias opções, pelo número de farmácias e drogarias que tem, é a realidade de todos os estados, e todas necessitam de um farmacêutico. Então, considero um dos melhores salários de profissionais recém-formados”.
Jornalista com experiência rádio AM e Web, portal esportivo e pós-graduado em Jornalismo Esportivo, Eric Filardi tem pleno domínio do texto e consegue flutuar em diferentes áreas do jornalismo em perder a qualidade. É um exímio repórter e tem paixão por entrevistar, escrever e a comunicação de forma geral.
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