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Proteja seu filho da obesidade infantil

Já faz algum tempo que as mudanças no estilo de vida e no hábito alimentar da população brasileira repercutiram no peso de crianças e adolescentes, aumentando a prevalência de obesidade. Isso também levou ao aumento de doenças que afligem a vida desses jovens.

“A obesidade na infância está associada ao maior risco de desenvolvimento precocemente de doenças crônicas não transmissíveis, como dislipidemias, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e problemas ortopédicos”, afirma a nutricionista Rose Vega Patin, colaboradora do Conselho Regional de Nutricionistas. “Estudos também apontam que crianças e adolescentes obesos têm maior risco de se manterem obesos na vida adulta. Assim, é essencial prevenir a obesidade já na infância”. Um dos fatores determinantes da obesidade infantil é a presença de hábitos e comportamentos alimentares inadequados.

A obesidade pode ser desencadeada já no primeiro ano de vida da criança, principalmente se ela tiver contato precoce com outros alimentos além do leite materno ou se a introdução da alimentação complementar ocorrer de modo inadequado. “Para prevenir a obesidade, deve-se promover sempre a manutenção do aleitamento materno, evitando complementar com leite de vaca, fórmulas infantis ou introdução precoce de outros alimentos. Durante a fase de introdução da alimentação complementar, por volta do sexto mês, a criança está vulnerável a vários erros alimentares. Cuidados especiais são necessários para se oferecer alimentos na consistência e qualidade apropriadas para a idade”, explica a nutricionista.

A quantidade de alimentos oferecida na infância também pode ser determinante para o excesso de peso, com a oferta de alimentos de alta densidade energética, muitas vezes superior ao gasto energético.

Outro momento crítico é a alimentação realizada em ambiente escolar. “Famílias e escolas despreparadas expõem crianças e adolescentes a vários alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, contribuindo para o excesso de peso”, adverte Rose Patin.

Os erros alimentares encontrados nas crianças obesas repercutirão diretamente no consumo energético diário. “Dentre esses comportamentos, pode-se destacar alguns mais freqüentes como: horários irregulares (longos intervalos entre as refeições ou vários beliscos durante o dia), repetição de refeições ou alimentos, mastigação pouco eficiente e rápida durante as refeições, qualidade e quantidade inadequada de alimentos levando ao desequilíbrio entre os macronutrientes e déficit dos micronutrientes”, esclarece a nutricionista.

O nutricionista especializado em nutrição infantil poderá contribuir muito para a prevenção/tratamento da obesidade, principalmente se a criança já apresentar excesso de peso ou erros alimentares.

Os resultados esperados, manutenção e redução gradativa de peso (respectivamente para crianças e adolescentes pós-púberes), mudanças do hábito e comportamento alimentar, ocorrem a médio e longo prazo. “No entanto, quando se associa ao atendimento individual os grupos de educação nutricional, os resultados podem ser observados mais precocemente”, conclui a nutricionista.

 

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