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endometriose

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2022, estima-se que uma a cada 10 mulheres sofrem com endometriose no Brasil. São milhares de internações por ano, realizado no Sistema Único de Saúde em relação à doença. Além de muito incidente, essa doença também é bastante incômoda e pode prejudicar a saúde da mulher.

Assim sendo, neste artigo, o blog da UnicPharma separou mais informações sobre a endometriose, como seu tratamento e diagnóstico. Acompanhe a seguir:

O que é endometriose?

A endometriose é uma condição em que o tecido semelhante ao revestimento interno do útero, chamado endométrio, cresce fora do útero. Normalmente, o endométrio é expelido do corpo durante a menstruação, mas quando o tecido endometrial cresce em outros órgãos, como os ovários, trompas de falópio, intestino ou superfícies do peritônio (revestimento abdominal), não há uma maneira fácil de ser eliminado.

Causas

A causa exata da endometriose ainda não é totalmente compreendida, mas existem várias teorias sobre como essa condição se desenvolve. Assim sendo, os principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da endometriose incluem:

  • Retrogradação menstrual: Essa é a teoria mais aceita atualmente. Acredita-se que, durante a menstruação, o fluxo menstrual pode conter células endometriais que, em vez de serem eliminadas do corpo, retrocedem por meio das trompas de falópio e se implantam em órgãos pélvicos, onde crescem e causam os sintomas da endometriose.
  • Disseminação linfática ou vascular: Outra teoria é que as células endometriais podem se espalhar para outras partes do corpo por meio da corrente sanguínea ou do sistema linfático.
  • Transformação das células peritoneais: Acredita-se que as células do peritônio, o revestimento abdominal, possam se transformar em células semelhantes ao endométrio em resposta a estímulos hormonais e desenvolver a endometriose.
  • Problemas no sistema imunológico: Algumas pesquisas sugerem que alterações no sistema imunológico podem permitir que as células endometriais se desenvolvam e sobrevivam em locais anormais.
  • Fatores genéticos: A endometriose parece ter uma predisposição genética, pois a condição tende a ocorrer em famílias. Estudos sugerem que certos genes podem estar associados a um maior risco de desenvolver endometriose.

É importante notar que a endometriose pode ser influenciada por uma combinação desses fatores e que cada caso pode ser único. Assim sendo, a compreensão dos mecanismos subjacentes à endometriose ainda é um campo ativo de pesquisa, e mais estudos são necessários para elucidar completamente suas causas.

Sintomas

A endometriose pode apresentar uma variedade de sintomas. Dessa forma, elas tendem a variar em intensidade de uma pessoa para outra. Assim sendo, alguns dos sintomas mais comuns da endometriose incluem:

  • Dor pélvica: A dor pélvica é o sintoma mais comum da endometriose. Dessa forma, pode variar de leve a intensa e geralmente ocorre antes e durante a menstruação. A dor também pode ocorrer durante relações sexuais, ao urinar ou durante movimentos intestinais.
  • Sangramento menstrual intenso: Períodos menstruais com fluxo anormalmente intenso, com necessidade de trocar absorventes frequentemente, podem acabar sendo um sintoma da endometriose.
  • Dor na região lombar e nas pernas: Algumas mulheres com endometriose podem experimentar dor na região lombar e nas pernas, que pode ser semelhante a cólicas menstruais.
  • Infertilidade: A endometriose pode afetar a fertilidade em algumas mulheres, dificultando a gravidez. Cerca de 30 a 50% das mulheres com endometriose podem ter problemas de fertilidade.
  • Sintomas gastrointestinais: Algumas mulheres podem apresentar sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, inchaço, diarreia, constipação e náuseas, especialmente durante a menstruação.
  • Fadiga e cansaço: A endometriose pode causar fadiga excessiva e cansaço, que não está necessariamente relacionado à atividade física ou ao esforço.

Assim sendo, se faz importante ressaltar que nem todas as mulheres com endometriose apresentarão todos esses sintomas. Dessa forma, algumas podem ter sintomas leves. Enquanto isso, outras podem enfrentar sintomas mais severos. Ou seja, cada caso é único.

Diagnóstico

Entre os principais formatos para o diagnóstico está a análise do histórico médico detalhado. Dessa forma, o médico realiza uma entrevista detalhada para obter informações sobre seus sintomas, histórico menstrual, dor pélvica, histórico familiar e outros sintomas relacionados à endometriose. Além disso, ele também realiza um exame físico. Neste, o médico pode realizar um exame pélvico para verificar quaisquer anormalidades, como nódulos ou áreas sensíveis.

Assim também, a ultrassonografia pélvica também é frequentemente usada para identificar possíveis cistos ovarianos (endometriomas) e outras alterações nos órgãos pélvicos que podem sugerir a presença de endometriose.

Por fim, outra opção acaba sendo a laparoscopia, considerada o método de diagnóstico definitivo para a endometriose. Trata-se de um procedimento cirúrgico minimamente invasivo em que um pequeno tubo com uma câmera é inserido no abdômen para visualizar diretamente os órgãos pélvicos. Assim, durante a laparoscopia, o médico pode identificar, avaliar e até mesmo remover o tecido endometrial anormal para confirmação diagnóstica.

Tratamento

A endometriose é uma condição crônica e, embora não haja cura definitiva, existem opções de tratamento para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. Assim sendo, vale destacar que o tratamento da endometriose depende da gravidade dos sintomas, da idade da paciente, dos planos reprodutivos e de outros fatores individuais.

Dessa maneira, o objetivo principal do tratamento é aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e, quando necessário, tratar problemas de fertilidade. Por isso, listamos algumas opções comuns de tratamento para a endometriose:

  • Analgésicos: Medicamentos de venda livre, como paracetamol e ibuprofeno, podem ser usados para aliviar a dor leve a moderada causada pela endometriose.
  • Terapia hormonal: A terapia hormonal é frequentemente usada para controlar o crescimento do tecido endometrial fora do útero. Assim, alguns medicamentos comumente prescritos incluem contraceptivos orais (pílulas anticoncepcionais), progestágenos, agonistas de GnRH e dispositivos intrauterinos liberadores de progestágenos.
  • Cirurgia conservadora: Em casos mais graves de endometriose ou quando não há como controlar por medicamentos, pode ser necessária uma cirurgia. Assim, a laparoscopia acaba sendo a abordagem cirúrgica mais comum, na qual remove-se ou destrói o tecido endometrial. O objetivo é preservar o máximo possível do tecido saudável.
  • Cirurgia radical: Em casos raros de endometriose grave ou quando outras opções de tratamento não foram eficazes, pode ser necessária uma cirurgia mais extensa, como a histerectomia (remoção do útero) com ou sem a remoção dos ovários. Essa opção geralmente acaba sendo considerada em mulheres que não desejam engravidar futuramente.
  • Tratamento complementar: Além dos tratamentos médicos convencionais, algumas mulheres buscam terapias complementares, como acupuntura, fisioterapia pélvica, mudanças na alimentação e suplementos nutricionais. Essas abordagens podem ajudar a gerenciar os sintomas e promover o bem-estar geral, mas é importante discuti-las com um profissional de saúde.

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