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Acne grau II apresenta cravos inflamados

Sabe-se que uma rotina de limpeza da pele é fundamental no tratamento e na prevenção da acne. Mas, e quando isso não é suficiente? Muitas vezes, essa doença se manifesta de maneira mais intensa, pedindo uma consulta ao dermatologista. “São cinco graus ao todo, e não é a quantidade de acne no rosto que caracteriza esse nível, mas sim a condição da inflamação”, conta a dermatologista Solange Teixeira, da Unifesp. O grau I é aquele que apresenta cravos sem inflamação, enquanto o grau II já mostra sinais inflamatórios. Quem tem o segundo estágio da acne precisa ter mais cuidados com a pele, seguindo uma rotina de limpeza mais rigorosa. A seguir, dermatologistas explicam como é o tratamento.

Grau II: cravos inflamados

Enquanto, na acne grau I, os cravos (também chamados de comedões) não são inflamados, no grau II, eles já apresentam inflamação. “A acne grau II, com cravos abertos e fechados (escuros e claros), apresenta elevações no rosto e pontos pretos que chegam até a formar bolsas de pus”, afirma a dermatologista Samantha Kelmann, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Esses cravos inflamados podem aparecer tanto na região do rosto quanto no peito e nas costas.

Tratamento adequado

Para a dermatologista Luciana Rabello, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o tratamento tópico – feito na própria pele – costuma dar bons resultados, mas pode demorar até três meses para os sinais de melhora aparecerem.

“Primeiro, deve-se controlar o excesso de oleosidade da pele por meio de higienização com produtos específicos, que deve ser feita duas a três vezes ao dia”, ensina a profissional. Existem sabonetes especiais para o controle da oleosidade que são fundamentais para o tratamento. Também vale usar esfoliante uma vez por semana, assim como loções, géis e cremes que possuam na fórmula substâncias como enxofre e ácido salicílico. “Esses produtos controlam o excesso de produção de queratina e de sebo, diminuindo a presença de bactérias na pele e a inflamação local”, diz Luciana.

Outro produto fundamental é o protetor solar, pois o excesso de sol pode interferir na oleosidade da pele. Existem os protetores não oleosos e não comedogênicos que são especialmente indicados para peles oleosas e acneicas.

Medicação e peeling

Em alguns casos, o dermatologista pode entrar com antibióticos tópicos. Os mais utilizados são aqueles que contam com peróxido de benzoíla em sua fórmula. Se houver resistência a esse tratamento, o médico pode ainda fazer um tratamento via oral, com antibióticos sistêmicos e a isotretinoína oral, mais conhecida como Roacutan. O seu uso, no entanto, deve vir apenas com a recomendação médica, já que pode causar uma série de efeitos colaterais, como aumento de triglicerídeos, colesterol, alterações nas funções hepáticas e até má formação do feto, se a medicação for usada por uma grávida. “Apesar desses efeitos, esse antibiótico é bem tolerado na maioria dos casos e, quando bem indicado e monitorizado, o resultado é excelente, com grande chance de cura”, assegura Luciana Rabello.

Além das medicações, o uso de tratamentos estéticos, como peelings e lasers, também é recomendado, mas apenas como coadjuvantes. Para a dermatologista Solange, um exemplo de laser eficiente é o chamado Isolaz, que realiza uma sucção na pele e ajuda a remover os cravos. Além disso, a sua luz ajuda a esterilizar a área, aliviando a inflamação dos comedões.

Maquiagem pode?

Quem tem acne no grau II não precisa se privar do uso da maquiagem, basta ter cautela e escolher os produtos que interfiram menos na produção de acne. Opções oil free e não-comedogênicas são as melhores para não piorar o quadro de obstrução dos poros. Além disso, nada de dormir de maquiagem – ela deve ser retirada com a ajuda de demaquilante, água e sabonete, este de preferência mais suave do que o utilizado no tratamento da acne para não deixar a pele muito sensível e irritada.

Nada de espremer!

A dermatologista Samantha alerta: em hipótese alguma dê vazão à velha mania de espremer os cravos, já que isso pode causar cicatrizes e manchas. Para removê-los da maneira correta, a especialista do Hospital Oswaldo Cruz recomenda limpezas de pele frequentes, desde que não exista muita inflamação no rosto. “Nesse procedimento, os cravos poderão ser removidos da maneira adequada, evitando o aparecimento de cicatrizes e manchas”, explica.

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