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Conheça todos os tipos de açúcar e atente aos perigos de extrapolar

Mascavo, light, refinado e outras variações exigem a mesma cautela

Só de pensar na variedade deliciosa de doces, você já tem receio de engordar. Motivos não faltam para isso, já que o açúcar realmente traz na bagagem uma reputação nada boa. O fato é que, além de esbanjar calorias, os grãos adocicados não oferecem nutrientes importantes ao organismo. Ou seja, você se esbalda de calorias vazias ao deliciar alguma tentação recheada de açúcar.

Segundo a responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella, não existe uma recomendação específica para o consumo de açúcar. “Porém, por ser rico em calorias e não fornecer fibras, proteínas, vitaminas e minerais, é aconselhável diminuir a ingestão ao máximo”, afirma. Controlar as colherinhas que adoçam as xícaras de café ou chá, convenhamos, é mais fácil do que calcular a quantidade de açúcar presente em seu bolo preferido. Para não extrapolar na dose, Roberta aconselha a analisar os rótulos alimentícios e observar se há açúcar ou sacarose (outro nome dado a ele) na composição.

Mais um conselho da nutricionista é sempre lembrar que doces, pães, bolos e tortas vêm acrescidos de açúcar. “Essa, inclusive, é uma das causas da alta quantidade calórica que eles apresentam” , completa. Mas não é por isso que você precisa radicalizar. De acordo com a especialista, os doces não precisam ser riscados do seu cardápio, principalmente se você faz parte do fã-clube deles. O segredo é a moderação. E não só nas tentações mais óbvias. Se você consome muitos cafezinhos ao longo do dia e usa açúcar para adoçá-los, sua dieta está em risco. “Cada colher de chá de açúcar tem 20 calorias” , alerta Roberta Stella.

Para ter uma ideia melhor de quanto as medidas que você lança mão na cozinha representam em valores calóricos, confira a tabela abaixo, referente ao açúcar refinado.

As muitas variações de açúcar

Apesar de o uso do açúcar refinado ser mais comum, certamente você já topou com os outros tipos de grãos no mercado. Na lista variada, encontramos o açúcar cristal, o de confeiteiro, o mascavo, o light e o orgânico. A diferença entre eles se resume nas etapas do processo de produção, confira:

Açúcar cristal: para que o resultado seja este tipo de açúcar, o caldo de cana passa por processos de purificação, evaporação, cristalização, centrifugação e, por último, pela secagem. A partir do açúcar cristal outros tipos de açúcar, como o refinado e o confeiteiro, são obtidos. O açúcar cristal, portanto, passa por menos processos na hora de ser preparado.

Açúcar refinado: tipo de açúcar conquistado a partir da diluição do açúcar cristal. A calda obtida passa por diversos processos até chegar ao peneiramento. A porção mais fina é separada para a obtenção do açúcar de confeiteiro e, o restante, é o açúcar refinado.

Açúcar de confeiteiro: após o peneiramento do açúcar para a separação dos grãos que vão dar origem ao açúcar refinado e de confeiteiro, amido é adicionado. A finalidade da junção é evitar a aglomeração dos pequenos cristais, formando assim, o açúcar de confeiteiro.

Açúcar light: ele é obtido a partir do açúcar refinado, quando o adoçante artificial chamado sucralose. Com o poder de dulçor 600 vezes maior que o da sacarose, o adoçante garante que a ingestão calórica seja menor, quando comparado ao consumo de açúcar refinado.

Açúcar mascavo: por não passar pelo processo de refinamento, a qualidade nutricional do açúcar mascavo é melhor, em relação ao açúcar refinado. Ele apresenta vitaminas e minerais que não estão presentes na versão refinada.

Açúcar orgânico: o diferencial deste tipo de açúcar é que a cana utilizada em sua fabricação é cultivada sem fertilizantes químicos. Além disso, o açúcar orgânico utiliza processos apoiados na sustentabilidade do meio ambiente, desde o plantio até a etapa final. Suas características nutricionais se assemelham com as do açúcar mascavo. Portanto, apresenta uma quantidade maior de vitaminas e minerais em relação ao açúcar refinado.

Açúcar refinado ou açúcar mascavo? Trocar o açúcar refinado pelo mascavo é um erro comumente cometido por quem pretende cortar calorias, sem lançar mão dos adoçantes. A tática não funciona, segundo a responsável pela equipe nutricional do Minha Vida. A quantidade calórica dos dois tipos de açúcar é semelhante. “Enquanto 100 gramas de açúcar refinado apresentam 400 calorias, a mesma quantidade de açúcar mascavo contém 380 calorias” , conta. Roberta afirma que, apesar de o açúcar mascavo conter mais nutrientes, a orientação sobre as doses açucaradas inclui todos os tipos de açúcar. As vitaminas e minerais devem ser obtidos por outras fontes alimentares como, por exemplo, frutas, legumes e verduras. Para fugir do sabor residual deixado pelos adoçantes, o açúcar light é o produto mais indicado.

Doce demais, saúde de menos

O fato de acrescentar muitas calorias à alimentação faz com que o açúcar cause um desequilíbrio na saúde, quando consumido além da conta. O prejuízo mais facilmente notado é o ganho de peso. Com os quilos extras, os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares aumentam, por exemplo. “Além disso, pessoas com tendência a desenvolver diabetes ou que já sofrem com a doença devem evitá-lo”, lembra Roberta.

Ela explica que os grãos açucarados aumentam rapidamente a quantidade de glicose no sangue, com a agravante de o pâncreas não produzir (ou produzir em quantidade insuficiente) a insulina, hormônio responsável pela retirada de glicose do sangue. (Diabetes alastra-se entre os mais jovens). Nestes casos, o açúcar deve ser substituído por edulcorantes artificiais, a fim de evitar a ingestão de alimentos que colaboram para o aumento da glicose sanguínea. “Uma alimentação equilibrada, com a distribuição adequada dos grupos alimentares também deve ser seguida”, reforça a especialista.

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