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Frutas vermelhas podem prevenir hipertensão arterial

Comer ao menos uma porção por semana pode reduzir o risco em 10%

Uma pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition comprova que existem compostos bioativos nas frutas vermelhas capazes de oferecer proteção contra hipertensão. O nome do composto é antocianina. Ele pertence à família dos flavonoides e é encontrado em grande quantidade nas frutas de coloração avermelhada e arroxeada, como framboesa, mirtilo, amora e groselha.

A equipe de cientistas estudou 134 mil mulheres e 47 mil homens durante um período de 14 anos. Nenhum dos participantes tinha hipertensão no início. Os indivíduos foram convidados a preencher questionários sobre a sua saúde a cada dois anos. Também foi realizada uma avaliação das dietas a cada quatro anos.

A incidência de hipertensão nos indivíduos durante esse tempo foi, então, relacionada ao consumo de flavonoides diferentes de diversos alimentos (frutas diversas, chás, legumes). Quando os pesquisadores analisaram os resultados, descobriram que os participantes que comeram pelo menos uma porção de frutas vermelhas por semana reduziram o risco de desenvolver a doença em 10%.

Os estudiosos afirmam que as antocianinas são facilmente incorporadas à dieta e estão presentes em muitos alimentos comumente consumidos. Neste estudo, o mirtilo foi a fonte mais rica, mas outras fontes ricas em antocianinas são groselhas, berinjelas e framboesas.

A próxima etapa da pesquisa será a realização de ensaios clínicos com diferentes fontes alimentares de antocianinas para definir a dose ideal para a prevenção da hipertensão. Isso permitirá o desenvolvimento de recomendações de saúde pública orientadas sobre como reduzir a pressão arterial.

8 dicas para evitar e controlar a hipertensão

Controlar a hipertensão com remédios é rotina na vida de um quarto dos brasileiros. A doença, que sobrecarrega o coração, é crônica e pode causar sérios problemas para visão, rins e cérebro, além de ser causadora de infarto do miocárdio. No entanto, pequenas atitudes podem evitar o quadro ou ajudar no controle dele.

Abaixo, o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, especialista em cardiologia e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), indica uma série de hábitos que, diluídos no dia a dia, ajudam você a viver de maneira mais saudável sem depender da farmácia.

1. Verifique a pressão arterial mensalmente

De acordo com o especialista, mesmo quem não sofre com a doença precisa ficar atento e medir a pressão ao menos uma vez por ano. “Cerca de 25% da população adulta é composta por hipertensos, mas a maioria deles nem desconfia disso e ignora os cuidados, podendo sofrer com problemas mais sérios no futuro”, diz o médico. Não vale, entretanto, medir a pressão de qualquer jeito:

– Repouse 15 minutos antes, em um lugar tranquilo
– Caso tenha fumado, aguarde 30 minutos
– Não fale durante o procedimento
– Permaneça deitado ou sentado durante o processo
– Esvazie a bexiga
– Após exercícios físicos, aguarde 30 minutos
– Não tome café 20 minutos antes da medição

2. Evite o excesso de peso

A grande quantidade de gordura corporal também afeta o aumento da pressão arterial. Acabar com o excesso de peso é uma ótima sugestão para quem não deseja encarar riscos.

“É como se o coração fosse obrigado a aumentar a força para bombear o sangue em direção aos outros órgãos. Quando o peso diminui, muitas vezes, também reduzimos a dose dos medicamentos”, afirma o cardiologista.

3. Mantenha uma alimentação saudável

Há uma gama de alimentos que podem desencadear ou agravar a doença. “O excesso de sal e de gorduras saturadas, assim como a ingestão de gorduras trans são amigos da hipertensão. Evitá-los é fundamental para manter a doença longe e ou para controlá-la”, ressalta o médico.

4. Reduza o consumo de bebidas alcoólicas

Segundo o especialista, consumir bebidas alcoólicas de forma moderada não é prejudicial para a pressão arterial, mas exagerar na dose pode causar estragos. “O consumo excessivo de álcool compromete todo o organismo, inclusive a pressão arterial”, adverte o médico.

5. Acalme os nervos

De forma isolada, o estresse não é capaz de causar a hipertensão, mas quando combinado com outros fatores de risco pode agravar o quadro. “Ao buscar alternativas para viver de maneira mais tranquila, o coração tende a trabalhar melhor e as doses dos medicamentos podem até diminuir”, esclarece o cardiologista.

6. Abaixo a fumaça

O cigarro deve ser mantido apagado – e bem longe – se o desejo é permanecer distante dos riscos da hipertensão. O fumo é um dos principais fatores de risco para doença arterial coronariana. “As substâncias tóxicas do cigarro provocam o enrijecimento das artérias, fato que compromete a passagem de fluxo sanguíneo e faz a pressão subir”, afirma José Kawazoe.

7. Não tome medicamentos sem prescrição médica

Nada de se automedicar e correr riscos. Os remédios de hipertensão devem ser prescritos após uma série de exames. “Cada pessoa apresenta um nível diferente de elevação da pressão arterial. Por isso, é importante ressaltar que o uso indevido desses medicamentos pode contribuir até para a piora do quadro. O remédio que funciona para um amigo, certamente não funcionará para você”, alerta o especialista.

8. Hora de mexer o corpo

Pessoas sedentárias têm cinco vezes mais chance de desenvolver hipertensão arterial do que indivíduos fisicamente ativos. José Kawazoe explica o motivo: “A prática regular de exercícios ajuda no controle dos níveis da pressão arterial, porque melhora o condicionamento físico do coração, fazendo com que ele não fique sobrecarregado”.

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