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Café pode ajudar na prevenção contra câncer de próstata
Tanto a versão com cafeína como a descafeinada são benéficas ao corpo
Homens que tomam quantidades moderadas de café regularmente têm menos riscos de desenvolver câncer de próstata, especialmente a forma mais letal dele, diz um estudo feito por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. De acordo com dados do IBGE, o câncer de próstata mata aproximadamente 15 mil homens todos os anos no Brasil.
O estudo começou em 1986 e contou com a participação de aproximadamente 48 mil homens. Durante esse período, os hábitos alimentares de cada um dos participantes foram acompanhados pelos cientistas. Até 2006, quando acabou a coleta de dados, cinco mil homens desenvolveram câncer de próstata. Entre eles, 642 tiveram a forma mais letal do câncer.
Depois de analisar os resultados, os cientistas observaram que os homens que tomavam de três a cinco xícaras de café diariamente tinham 20% menos chances de desenvolver a doença, se comparados às pessoas que não ingeriam a bebida. Já a proteção contra tipos mais agressivos de câncer chegou a ser 60% maior.
Mesmo sem ter provas concretas da relação entre o café e a doença, os autores do estudo acreditam que os antioxidantes contidos na bebida, que diminuem a proliferação de novas células cancerígenas, podem explicar essa relação. O que surpreendeu os autores do estudo foi que tanto a versão com cafeína como a descafeinada apresentaram o mesmo grau de proteção contra o câncer de próstata.
Outro alimento que ajuda na prevenção de câncer de próstata: os brócolis. Um estudo feito por cientistas britânicos mostrou que o consumo regular do vegetal provoca modificações na atividade de certos genes associados ao desenvolvimento desse tipo de câncer.
Alguns estudos anteriores já sugeriam que uma dieta rica em vegetais crucíferos, como brócolis, couve-flor, repolho e agrião, pode reduzir o risco de câncer. Porém, a atuação de determinados alimentos ainda não tinha sido descoberta.
Com essa pesquisa do Instituto de Pesquisas sobre Alimentos de Norwich, na Inglaterra, foi dada a largada rumo à comprovação prática de que os brócolis alteram a produção de proteínas chamadas de fatores de crescimento. Tais fatores de crescimento estimulam a divisão ou o desenvolvimento celular, que contribuem para a evolução do câncer.
A conclusão é resultado de um ano de estudo. Homens considerados como participantes de grupos de risco foram divididos em duas equipes: uma comeu 400 gramas de brócolis por semana e outra, 400 gramas semanais de ervilha, além de sua dieta habitual. Depois de seis meses, amostras de tecidos foram retiradas de suas próstatas a fim de medir a atividade de diversos genes.
No grupo de homens que consumiu brócolis, as amostras mostraram alterações na produção de fatores de crescimento, como o TGF beta 1 e o EGF, assim como da insulina, hormônio que também é associado à evolução do câncer de próstata e outros tumores.
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