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Intolerância ao glúten é uma doença?

Aresposta para a pergunta acima é sim. A doença autoimune, conhecida como Doença Celíaca (DC), é uma enteropatia crônica do intestino delgado e está relacionada com uma predisposição genética que causa uma intolerância permanente ao glúten, principal proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e malte.

De acordo com dados da Associação dos Celíacos do Brasil, a condição geralmente se manifesta ainda na infância, tendo altos índices entre os primeiros 6 meses e 5 anos de idade. Porém, ela pode surgir tardiamente, se manifestando no paciente já adulto.

As formas clínicas da Doença Celíaca

A doença ainda é pouco conhecida e seus sintomas costumam se confundir com outros distúrbios que envolvem o trato gastrointestinal. Porém, ela pode ser classificada de três formas que envolvem quadros clínicos distintos:

  • Clássica: o paciente apresenta quadros de diarreia crônica ao entrar em contato com o glúten, que também pode causar perda de peso, vômito e distensão abdominal. Em alguns casos, o paciente ainda sofre uma atrofia da musculatura dos glúteos e pode acabar entrando em um estado anêmico. Alterações de humor e do apetite são comuns. A evolução desse quadro quando a doença não é diagnosticada corretamente, chamada de crise celíaca, pode ser grave e fatal, pois o paciente pode ficar desnutrido e desidratado, chegando até a desenvolver hemorragia interna.
  • Não clássica: nesses casos menos frequentes, os sintomas relacionados ao sistema digestivo estão ausentes ou aparecem como complementos de outras manifestações da doença, que podem incluir anemia (por deficiência de ferro ou B12), osteoporose, baixa estatura, artrite, puberdade tardia, neuropatia periférica, autismo, esquizofrenia, problemas emocionais como a depressão, úlceras, entre outros. Em mulheres já no período reprodutivo, pode até causar aborto por repetição, isso quando não é a causa da esterilidade feminina ou masculina.
  • Assintomática: nenhum dos sintomas clássicos ou não clássicos ficam evidentes, mas é possível encontrar alterações sorológicas e histológicas na mucosa do intestino delgado. Os exames geralmente são realizados em parentes de primeiro grau de quem possui a doença.

Existe uma cura?

Infelizmente, a doença acompanha o paciente por toda vida e a única maneira de tratá-la é seguir uma dieta rigorosa que evita alimentos com glúten para que o paciente não tenha crises e o desconforto dos sintomas. Para ajudar a regular o intestino, a água e os alimento ricos em vitaminas, sais minerais e fibras são os mais recomendados.

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