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A vacinação para a Covid-19 tem sido bastante polemizada. Isso porque acabaram sendo desenvolvidas e produzidas em tempo recorde. Toda essa ação chega para tentar combater a pandemia mundial causada pelo novo coronavírus. Ainda contando com inúmeros testes, as vacinas carregam inúmeras dúvidas em relação à sua eficácia.
Uma das principais questões é em relação à sua segurança. Muito se questiona se a vacina é realmente eficaz. A mesma foi sujeita a inúmeros e dos mais variados testes para garantir a sua eficácia e segurança, trazendo qualidade aos seus imunizados. Independentemente de laboratórios ou do tipo da vacina, todas as vacinas foram devidamente aprovadas pela Organização Mundial da Saúde. Ou seja, todas as disponibilizadas são consideradas seguras.
A vacinação é obrigatória?
Apesar das campanhas de imunização, a vacina para Covid-19 não é obrigatória. A mesma é fornecida gratuitamente e de maneira voluntária. Sendo assim, só deve ser realizada por quem realmente deseja fazer a vacinação. Dessa maneira, vale destacar que as autoridades de saúde recomendam a vacinação, a fim de aumentar a proteção individual e a ajuda no controle da pandemia.
Como tem funcionado a vacinação?
Atualmente, a vacina para a Covid-19 tem sido indicada para todas as pessoas. Contudo, sempre é importante e aconselhado consultar um médico para verificar caso haja algumas situações específicas, como alergias, principalmente a algum tipo de vacinação, ou caso haja algum enfraquecimento no sistema imune, como em pacientes com câncer ou que já tenha realizado tratamentos que dificultem o funcionamento do sistema imunológico.
Como o acesso à vacinação se tornou limitado, cada país acabou criando um plano de vacinação. No Brasil, a vacinação acontece em grupos de prioridades, providenciando as vacinas para as pessoas com maior risco de uma infecção grave. Atualmente, o sistema se dá por idades e/ou comorbidades. Assim, é sempre importante checar o site ou as redes sociais da cidade em que se reside, a fim de encontrar o funcionamento correto para a vacinação.
Atenção SEMPRE antes de realizar a vacina!
De acordo com a Dra. Juliana Ramos, farmacêutica bioquímica, deve-se prestar atenção antes de realizar a vacina. Não é recomendado tomar a vacina em caso de febre, gripe ou tosse.
“Não pode ser tomado a vacina em caso de sintomas de gripe. Primeiramente, o sistema imunológico está fragilizado. Depois pode ser o próprio vírus se manifestando. Então, é recomendado que a pessoa mantenha o isolamento durante este período. Após o período adequado, deve voltar ao local indicado e proceder a vacinação normalmente”, explica.
Em relação ao efeito, a vacina da Covid-19 demora algumas semanas para apresentar o efeito de proteção. Isso porque o corpo precisa de um certo tempo para produzir os anticorpos que garantem a imunidade contra o vírus. Sendo assim, pessoas que tenham estado em contato com o vírus nas semanas anteriores à vacinação ou após receber a vacina podem, então, desenvolver a infecção, pois o corpo ainda não tem os anticorpos necessários. Além disso, em vacinas que precisam de duas doses diferentes, a taxa de proteção maior acontece somente após duas/três semanas depois da 2ª dose.
Pode atrasar a 2ª dose?
O ideal é que a 2ª dose seja feita no período estipulado. De acordo com a Dra. Juliana Ramos, é dessa maneira que acontece a garantia que o reforço foi feito no pico da produção de anticorpos realizado após a 1ª dose.
“É recomendado que a 2ª dose seja aplicada no período estipulado por cada fabricante da vacina. Este cálculo é realizado pelo pico de anticorpos produzido pela vacina. Ou seja, existe todo um cálculo feito por cada fabricante e assim é estipulado o período para a 2ª dose”, explica.
Contudo, imprevistos podem acontecer. Ou seja, nem sempre a 2ª dose pode ser realizada no dia estipulado. “Caso não dê para fazer a 2ª dose na data indicada, é preciso ser realizada o mais cedo possível”, afirma Ramos. A Dra. ainda explica que, mesmo com a 1ª dose não deixando de ter efeitos, a eficácia da vacinação só se dá após as duas doses serem administradas.
Dessa maneira, é sempre importante ficar atento aos prazos, que mudam de acordo com a fabricante.
- Astrazeneca: 12 semanas;
- Coronavac: 2 a 4 semanas;
- Covaxin: 28 dias;
- Moderna: 28 dias;
- Pfizer e BioNTech: 28 dias;
- Sputnik V: 21 dias.
Já teve Covid-19? Você precisa se vacinar!
Para quem já teve Covid-19 também recomenda-se a vacina. Isso porque, segundo estudos já realizados, é possível que uma pessoa volte a desenvolver a infecção. Além disso, existem diferentes variantes do novo coronavírus, o que pode fazer com que uma segunda infecção venha de maneira mais forte. Sendo assim, a vacinação é bastante indicada, pois tem grande ajuda nestes casos, reduzindo os sintomas.
ATENÇÃO: pessoas com a infecção ativa, ou seja, no momento testando positivo, não devem se vacinar. Assim, a orientação é de que, no Brasil, tomar a vacina mais de 30 dias após o diagnóstico inicial. Além disso, claro, precisam fazer parte do grupo que está sendo vacinado, seguindo com o plano de vacinação adotado pelo estado e/ou cidade em que reside. Em outros países, as recomendações são diferentes. Em Portugal, por exemplo, a vacina se dá após 6 meses da infecção.
E como fica a vacina da gripe?
O inverno chegou e, com ele, as temperaturas ficam baixas. Assim, a vacina da gripe se faz bastante importante. Contudo, como ainda não existem estudos em que se dê a segurança em administrar a vacina da Covid no mesmo momento da vacina da gripe, o Ministério da Saúde indica que sejam feitos em momentos diferentes. De acordo com o órgão, o indicado é que sejam feitas em um intervalo de, no mínimo, 15 dias. Vale destacar que, pessoas que acabem sendo chamadas para ambas as vacinas, se dê prioridade à vacina da Covid-19. Depois do intervalo de 15 dias, podem, então, realizar a vacinação contra a gripe.
No caso de vacinas contra a Covid-19 com duas doses sendo administradas, tendo, pelo menos, quatro semanas de intervalo, como é o caso da Coronavac, deve-se primeiro fazer as duas doses da vacina contra o novo coronavírus. Depois, então, realizar a vacina da gripe, sempre respeitando o intervalo de 15 dias recomendado pelo Ministério da Saúde. O mesmo não acontece com as vacinas que precisam de um intervalo maior entre as doses – caso da AstraZeneca, Moderna ou Pfizer. Ou seja, a vacina da gripe pode ser administrada no intervalo entre as duas doses. No entanto, é preciso respeitar o período de duas semanas a partir da 1ª dose e duas semanas antes da 2ª dose da vacina da Covid-19.
Qual o tempo da imunidade da vacina?
Como se tratam de estudos recentes, ainda não se conhece a imunidade conferida pela vacina. No entanto, de acordo com os primeiros estudos realizados, é sugerido que a proteção se mantenha em, no mínimo, por quatro meses. Dessa maneira, depois deste período, pode acabar diminuindo gradualmente. Contudo, vale destacar que ainda seguem sendo realizados estudos em relação ao funcionamento da vacina. Ou seja, futuramente ainda haverão maiores respostas acerca do imunizante.
Da mesma maneira, ainda não se sabe sobre a periodicidade recomendada para a vacinação. Ou seja, ainda não se tem a afirmação de que a vacina da Covid-19 deve ser realizada de maneira periódica. Contudo, seguindo com os estudos em relação à imunização, se for verificado que a proteção é pouco duradoura será necessário uma vacinação em maiores prazos, principalmente para os grupos de maior risco.
Grávidas podem se vacinar!
Como as vacinas seguem em fase de muitos estudos e testes, ainda existem poucas respostas sobre os efeitos em mulheres grávidas. Sendo assim, não há estudos que garantam e assegurem a vacina contra a Covid-19 em gestantes. Dessa maneira, a vacinação varia de acordo com a autoridade de saúde de cada país.
Portanto, no Brasil, a vacinação na gravidez pode ser feita apenas com receita médica em grávidas com mais de 18 anos. Além disso, existe a recomendação para que se evite as vacinas com vetores virais, como a da Moderna e AstraZeneca. Sendo assim, as vacinas mais indicadas são as da Pfizer e da Coronavac. Sempre recomenda-se uma conversa com o médico, a fim de tirar todas as dúvidas e ter a melhor orientação sobre o procedimento.
Cuidado com as fakes news!
Como ainda estão sendo realizados estudos e testes nos novos imunizantes, inúmeras fake news (ou notícias falsas, traduzido para o português) surgiram neste período. Uma das grandes dúvidas que se levantaram foi sobre alterações do DNA. Apesar de algumas vacinas contra a Covid-19 conterem pedaços do mRNA do vírus, ou seja, uma vacina que contém uma cópia do RNA do vírus para produzir uma resposta imune, não alteram em nada o DNA das células humanas. Sendo assim, as mesmas apenas estimulam com que o sistema imunológico produz anticorpos capazes de combater o vírus.
Além disso, nenhuma das vacinas contra a Covid-19 aprovadas pelas autoridades de saúde conta com o vírus vivo em sua composição. Dessa maneira, a vacina não tem como causar a Covid-19. Da mesma forma, não existe nenhuma evidência científica de que as vacinas contra a Covid-19 possam causar infertilidade.
Como funcionam as vacinas?
- Astrazeneca, Sputnik V e J&J: nestes três tipos da vacina contém o uso do adenovírus modificado. Ou seja, nestas vacinas se consiste em utilizar o adenovírus, que é inofensivo para o corpo humano. Dessa maneira, é capaz de modificá-los geneticamente, a fim de que atuem de forma parecida com o coronavírus. No entanto, assim como as demais, não traz riscos para a saúde. Sendo assim, se torna possível o sistema imunológico treinar e produzir anticorpos capazes de eliminar o vírus em caso de infecção.
- Coronavac: esta vacina usa o coronavírus inativado. Como já dito anteriormente, nenhuma vacina utiliza o vírus ativo. Sendo assim, a Coronavac usa uma forma do novo coronavírus onde não é possível provocar a infecção ou problemas para a saúde. Pelo contrário, esse imunizante faz com que seja permitido ao corpo a produção dos anticorpos necessários para o combate eficaz do vírus.
- Pfizer e Moderna: estas duas contam com a tecnologia genética do RNA mensageiro. Ou seja, é a tecnologia mais usada na produção de vacinas para animais e faz com que as células saudáveis do corpo produzam a mesma proteína que o coronavírus utiliza para entrar nas células. Sendo assim, o sistema imune é obrigado a produzir anticorpos que podem neutralizar a proteína de verdade coronavírus, impedindo o desenvolvimento da infecção.
Afinal, as vacinas já existentes são eficazes para as novas variantes do vírus?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as vacinas já existentes contra a Covid-19 devem apresentar efeito eficaz contra as variantes do vírus que forem surgindo. Isso porque estimulam uma resposta imune de todo o organismo de maneira bem complexa. Sendo assim, o corpo fica “ligado e em alerta” para todas as partículas do novo coronavírus – mesmo que tenham algumas alterações em sua estrutura.
Ou seja, mesmo que se fique infectado com uma nova variante, as chances de uma infecção grave, onde a vida da pessoa acaba ficando em risco, se torna muito inferior para quem já se encontra completamente imunizado – assim, com as duas semanas já completas depois da 2ª dose da vacina.
Contudo, com o passar do tempo e conforme surgir novas variantes da Covid-19, a intenção de que a composição das vacinas acabe sendo atualizada. Assim, isso se dará de maneira gradual, sempre através de novos testes. Portanto, apenas dessa forma será possível disponibilizar uma proteção ainda mais completa.
Mesmo já completamente imunizado tenho que usar máscara?
A resposta é sim! A vacina protege somente contra o desenvolvimento da infecção. Sendo assim, mesmo com pouco risco de desenvolver sintomas, uma pessoa vacina ainda pode transportar e transmitir o vírus para outras pessoas.
Sendo assim, como a vacinação não evita a transmissão do vírus, segue sendo recomendado as medidas de proteção individual. Ou seja, mesmo com as duas doses, deve-se manter o uso de máscara, além do distanciamento social. Estas medidas garantem uma maior proteção até que grande parte da população esteja completamente vacinada. Além disso, sempre procure fontes confiáveis, a fim de encontrar informações corretas sobre prazos e demais assuntos referentes à vacinação.
Foto destaque: Divulgação / Cesar Lopes / PMPA
Responsável: Dra. Juliana Ramos (CRF/SP: 104507)
Farmacêutica, Bioquímica e Nutricionista
Graduanda em farmácia estética
Pós graduação em farmácia clínica e atenção Farmacêutica
Pós graduação em fitoterapia clínica
Formada em nutrição
Atua como farmacêutica há mais de 10 anos no mercado
magistral, Com Inscrição no Conselho Regional de Farmácia N.46216
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