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Mau hálito: conheça 5 doenças que podem causá-lo
Atualmente, existem mais de noventa causas de halitose (o famoso mau hálito). A maioria dos casos é provocada por problemas bucais, como má higiene, acúmulo de placas bacterianas nos dentes e próteses, doenças da gengiva etc. Mas quando não há problemas de saúde bucal e o mau hálito persiste, o que mais pode ser? Podem haver causas relacionadas também ao aparelho digestivo e a algumas doenças sistêmicas.
Nesses casos, o mau hálito pode ser um indicativo de que algo não anda bem com a sua saúde e de que é preciso buscar ajuda médica para iniciar o tratamento adequado. Então, continue a leitura e conheça as principais doenças que podem estar por trás do mau hálito!
- Gengivite
A gengivite é uma doença que acomete as gengivas, provocando inflamação, inchaço, sangramento e halitose (mau hálito). A causa direta da doença é a placa – uma película viscosa e incolor de bactérias que se forma constantemente nos dentes e gengiva. Em muitos casos, existe uma retração ou um recuo da gengiva, favorecendo espaços para acúmulo de resíduos alimentares e, consequentemente, proliferação dessas bactérias.
A gengivite é considerada o estágio inicial de uma doença mais grave, a periodontite. Iniciando o tratamento adequado, a doença não vai evoluir.
No geral, o tratamento da gengivite é bem simples e feito com um dentista. Realiza-se a limpeza bucal profissional, com a retirada das placas bacterianas e tártaros. A manutenção da higiene bucal em casa é fundamental, e deve ser feita com a escovação correta dos dentes e da língua, além do uso diário de fio dental evitando cigarros e outras formas de tabaco.
- Distúrbios gástricos
Entre os distúrbios gástricos, os que mais comumente provocam mau hálito são o refluxo e a gastrite.
No caso do refluxo, o alimento ingerido, que já estava no estômago sendo digerido, volta para o esôfago, deixando um gosto ruim na boca e provocando o mau hálito. O problema pode ser amenizado com medicações e hábitos alimentares mais saudáveis. Alimentos muito ácidos ou picantes, por exemplo, devem ser evitados e idealmente se faz necessário consulta com especialista para adequado diagnóstico e tratamento.
Enquanto isso, quem sofre com gastrite frequentemente se queixa da desagradável sensação de queimação no estômago. Isso pode vir acompanhada de uma digestão mais lenta e de problemas de mau hálito. Os distúrbios do aparelho digestivo têm tratamento e devem ser acompanhados por um médico gastroenterologista.
- Doenças hepáticas
O fígado é responsável pela produção de substâncias importantes, entre elas, algumas que ajudam na digestão. Entretanto, determinadas doenças reduzem a capacidade de metabolização hepática, provocando inúmeros problemas de saúde. Disfunções severas no fígado podem provocar intenso mau hálito, como a cirrose, por exemplo.
O odor do hálito hepático é conhecido como cheiro de “terra molhada” e pode piorar com o agravamento da doença. Assim como outros problemas hepáticas, a cirrose possui tratamento. Quando é diagnosticada em fase avançada, em que há perda total das funções do fígado, poderá ocorrer a indicação do transplante.
- Infecções respiratórias
Você sabia que as doenças do aparelho respiratório também podem provocar mau hálito? Isso mesmo! Sinusite, broncopneumonia, abscessos, amigdalite e faringite, por exemplo, podem estar associadas à halitose.
As secreções geradas por essas doenças, em conjunto com as bactérias causadoras desses tipos de inflamação e infecção, favorecem o surgimento do mau hálito e deixam um gosto bem desagradável na boca. Com o fim do processo inflamatório, a tendência é o hálito voltar ao normal.
- Doenças renais
Os rins possuem a função de filtrar o sangue e excretar substâncias tóxicas, como a ureia. Em casos de comprometimento severo dos rins, pode haver mau hálito devido ao acúmulo dessas substâncias no organismo. Essas toxinas acumuladas são liberadas na circulação sanguínea e eliminadas pelas vias respiratórias.
O mau hálito provocado por doenças renais é chamado de “hálito urêmico”, pois tem cheiro de amônia e urina. Outro fator de destaque é que, em alguns casos de insuficiência renal, é recomendável diminuir a ingestão de líquidos para não sobrecarregar os rins. Essa redução também diminui a produção de saliva, o que agrava o mau hálito.
Além das doenças citadas anteriormente, desidratação, alcoolismo, tabagismo e fome também podem provocar odores desagradáveis na região bucal.
Muitas pessoas se preocupam apenas em mascarar o mau hálito com balas e chicletes, mas é preciso identificar as causas e tratá-las da forma mais adequada. Por tratar-se de um problema multifatorial, o clínico-geral poderá avaliar e prestar mais orientações para você. Não brinque com a sua saúde!
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