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Mantenha o cuidado com a pele na gravidez sem causar danos ao bebê

Ávidas por reduzir as chances de desenvolver estrias durante a gravidez, gestantes experimentam fórmulas milagrosas, indicações de outras mães e até receitas do tempo em que a vovó estava grávida. O medo não é à toa: depois de instaladas, estas cicatrizes que se formam na pele são mais difíceis de serem removida. Segundo alguns especialistas, elas aparecem por várias razões: alterações hormonais, predisposição genética e, claro, pelo superestiramento da pele e o consequente rompimento das fibras elásticas.

As regiões mais afetadas são barriga, seios, região interna das coxas, nádegas e flancos (laterais do tronco entre as costelas e a bacia). Porém, na opinião do dermatologista do Hospital Albert Einstein, Mário Grinblat, não há nada que possa evitar as consequências da distensão abdominal. “Todos devem investir na hidratação adequada da pele, mas posso garantir que se a gestante tem predisposição ao aparecimento de estrias, não será um óleo hidratante que irá evitá-lo”, completa.

Mas, como a hidratação da pele é sempre importante – e, prevenindo ou não o aparecimento de estrias, é simples e gostosa de fazer, aumenta o contato entre mãe e bebê -, tenha atenção a alguns cuidados. “Dentre as substâncias que normalmente são incorporadas aos produtos cosméticos, e que podem ser absorvidas causando lesão à gestação e ao feto, os ácidos retinoicos são as mais comuns”, alerta Mário. Evite qualquer tipo de creme clareador durante a gravidez e a lactância.

O uso de filtro solar é ainda mais indispensável nesta fase. A chance de manchas no rosto aparecerem com a exposição solar aumenta durante este período devido a descarga exagerada de hormônios. Cerca de 50% a 70% das gestantes sofrem com o surgimento de melasmas, conhecidas também como manchas gravídicas.

Para evitar o uso de ácidos, a opção é investir em cremes com vitamina C, que são seguros e eficientes para as grávidas, mas devem ser usados sempre com supervisão médica. Para manter a hidratação em dia, e tentar evitar o aparecimento de estrias, no final do banho, passe óleo de semente de uva ou de amêndoas. Tire o excesso com água e, após se enxugar, passe um hidratante com vitamina E, lanolina, óleos ou manteiga de karité.

E se o problema for o aparecimento de celulite? “Os hormônios da gestação e a própria pressão da barriga aumentam a retenção de liquido, que colabora para o surgimento das ondulações”, explica a dermatologista Thaís Pepe. Neste caso, a drenagem linfática é o método mais indicado. O profissional pressiona e desliza a mão por todo o corpo, direcionando o excesso de líquido para os gânglios linfáticos. Assim, as toxinas são eliminadas pela urina naturalmente. Evite a ingestão de medicamentos ou o uso de aparelhos elétricos para este intuito.

Por último, as alterações hormonais durante a gestação também costumam deixar a pele mais oleosa, facilitando o surgimento de espinhas e cravos.

Neste período, a limpeza de pele manual (sem uso de loções peeling ou laser) está liberada. Mas não se preocupe, pois com o fim da gravidez a oleosidade da pele e dos cabelos tende a diminuir. Até lá, use sabonetes específicos para o rosto (à base de enxofre), faça limpeza também com tônico e prefira produtos indicados para peles oleosas, na forma de gel.

 

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