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Conheça 8 fatores que agravam as olheiras
Até mesmo o uso errado da maquiagem pode aumentar os círculos escuros abaixo dos seus olhos
Olheiras são um problema comum entre mulheres e homens e que costuma incomodar bastante. Mas antes de lançar mão de toda a gama de corretivos que existem hoje em dia, saiba que entender o que está causando suas olheiras é fundamental para combatê-las e até mesmo evitá-las!
Na maior parte das vezes as olheiras estão ligadas à genética. “Normalmente o paciente tem uma tendência a ter olheira e por conta disso, vai depositando pigmento na região abaixo dos olhos no decorrer da vida, ou apresentando problemas na região”, explica o dermatologista Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Dada essa pré-disposição, são diversos os fatores que podem causar as olheiras, mas de um modo geral, ela pode ser classificada em dois tipos: ?uma delas é vascular, quando os vasos sanguíneos ficam visíveis, que normalmente tem a coloração azulada. Já a outra é a pigmentar, quando há acúmulo de melanina na região, e por isso terá a cor marrom”, ensina a dermatologista Tatiana Steiner, especialista pela SBD. Mas é muito comum que as pessoas apresentem esses dois tipos de olheiras misturadas.
Além disso, normalmente a predisposição a ter olheiras é aumentada por alguns fatores e hábitos. Entenda melhor quais são eles e como eles influenciam no problema:
Cansaço e choro
Os momentos em que as olheiras mais dão as caras é depois de uma sessão de choro ou uma noite mal dormida. Em ambos os casos, o escurecimento da região aparece devido a um problema circulatório. “As pálpebras são áreas terminais da face, e por isso ficam com muita vascularização, deixando a pele mais azulada”, sinaliza a dermatologista Mônica Aribi, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Nesses casos, em que a má circulação é temporária, é possível amenizar as olheiras com alguns cuidados em casa: “É indicado o uso de compressas calmantes com água termal ou chá de camomila. Sempre gelado para ter um efeito anti-inflamatório devido a vasoconstrição”, explica a dermatologista Tatiana Steiner, especialista pela SBD.
Maus hábitos
Hábitos de vida também podem influenciar no aparecimento de olheiras: tabagismo, privação de sono e estresse podem desencadear essas marcas por influenciarem diretamente na circulação do corpo todo, inclusive das pálpebras, dilatando os vasos e fazendo com que mais sangue apareça nessa região.
Nesses casos mais graves, além de usar as compressas três vezes ao dia, tratamentos estéticos podem ser indicados, como cremes anti-inflamatórios com ativos como camomila, arnica, calêndula, alantoína, própolis, bardana e vitamina K1. “A drenagem linfática facial é ótima nesses casos e existem também alguns lasers para o tratamento”, enumera a dermatologista Mônica.
Pele fina
Quem tem a pele fininha costuma apresentar olheiras mais ressaltadas. “Esse tipo de pele permite maior visualização dos vasinhos externos das pálpebras. Pessoas mais claras e com excesso de vasos periféricos costumam apresentar este tipo de olheira”, indica Tatiana Steiner. Em geral, uma boa forma de reconhecer isso é através da observação: pessoas com pele mais fina tendem a ficar vermelhas com mais facilidade, por exemplo.
Nesses casos, alguns tipos de tratamento podem ser feitos. Nos casos de pele fina sem flacidez, o ultrassom estético focado pode firmar a área dos olhos, podendo ser feito uma vez ao ano. “Laser infravermelhos ajudam a aumentar a espessura da pele, e podem ser feitos três vezes ao ano”, ensina a dermatologista Mônica.
Flacidez
Além disso, é normal que pessoas mais velhas apresentem uma pele mais fina, isso acontece devido às alterações hormonais que ocorrem com a idade, em maior ou menor intensidade. Em geral essa característica também está ligada à flacidez da pele: “o globo ocular sofre um deslocamento dentro da órbita e a gordura infraorbital é deslocada anteriormente, formando uma depressão e sombreado abaixo dele”, descreve Tatiana.
Para quem tem esse problema é possível lançar mão de cremes com diversos tipos de ativos, como:
– Antioxidantes, como as vitaminas A, C e E;
– Agentes de renovação, tais quais o retinol, alfahidroxiacidos, ácido glicólico;
– Agentes tensores, como os ativos raffermine, tensine;
– Fotoproteção solar, que impede a degradação do colágeno na região.
Tratamentos como a radiofrequência também ajudam. Nela, o calor emitido pelo aparelho estimula a formação de colágeno, o que enrijece a pele. O preenchimento com ácido hilaurônico também ajuda: “com essa técnica é possível afastar a pele dos vasos sanguíneos, diminuindo o aspecto escuro”, finaliza a especialista.
Por fim, se a flacidez já estiver muito acentuada, a blefaroplastia, cirurgia plástica das pálpebras, ajuda a colocar a pele da região no lugar, melhorando seu aspecto.
Esfregar os olhos
O hábito de esfregar os olhos constantemente aumenta as olheiras e isso ocorre devido a dois mecanismos: primeiro por que o ato irrita a pele da região. “A melanina atua como uma proteção, se acumulando na região afetada”, explica Mônica. Portanto, pessoas que têm tendência genética a acumular melanina na região devem evitar esfregar os olhos com frequência. Nesses casos, o uso de hidratantes e massagens locais ajudam.
Além disso, o hábito de esfregar os olhos com força pode prejudicar a circulação. “O hábito pode acabar congestionando os vasos periféricos, levando à vermelhidão, escurecimento da área, inchaço e até a trauma, dependendo da intensidade”, alerta Tatiana Steiner. Nesses casos, o ideal é usar cremes com ativos para descongestionar e reduzir o edema (como camomila, arnica, calêndula, alantoína, bardana e vitamina K1) e outros que clareiam a região (tais quais a hidroquinona e vitamina C), conforme explica a especialista.
Exposição solar inadequada
Pessoas que tem tendência a acumular melanina na região dos olhos podem ter a olheira piorada pela exposição solar sem proteção. “A exposição solar excessiva proporciona o aumento da pigmentação e a diminuição da espessura da pele”, descreve Tatiana. Ou seja, as olheiras aumentam e ficam muito mais visíveis. Além disso, o hábito também ocasiona olheiras vasculares, pois causa a dilatação dos vasos sanguíneos da região.
Nesses casos, o primeiro passo é sempre usar protetor solar no rosto, hábito que não só previne olheiras, como também evita outros problemas de pele, como o envelhecimento e o câncer de pele. Além disso, o uso de cremes com ativos específicos para a região, tanto calmantes quanto clareadores, ajuda bastante a melhorar o aspecto da região. Entre os clareadores, a vitamina C e o ácido azelaico são boas opções.
Maquiagem
Não tirar a maquiagem da região dos olhos adequadamente é outro fator que pode aumentar as olheiras. Isso acontece por causa da pigmentação, pois a coloração escura fica na região. “Ocorre também uma desidratação na região, pois a pele fica ‘fechada’ e não permite uma circulação do oxigênio que nutre a pele”, adiciona Mônica Aribi. Por sorte, esse tipo de olheira é temporária, basta limpar melhor a pele da região para que ela se reverta.
Olhos fundos
A anatomia do rosto também pode favorecer olheiras, ou no caso criar uma ilusão de uma pele mais escura abaixo dos olhos. “A área abaixo dos olhos é mais côncava, portanto quem tem olhos mais profundos apresenta uma sombra na região”, considera a dermatologista Tatiana.
Nesses casos pode parecer que não há solução, mas tem como resolver sim. Um bom truque é usar um corretivo mais claro na região, que vai contrabalancear a sombra da região. A técnica, no entanto, pode evidenciar que a região está mais clara em locais bem iluminados ou ao tirar uma foto com flash, por exemplo.
Uma solução mais eficiente para o problema é a aplicação de ácido hialurônico no local. Ele reduz a profundidade dos olhos, reduzindo a sombra causada. Mas o ideal é que ele seja feito por um dermatologista experiente, para que o resultado fique natural. Além disso, é importante ressaltar que o ácido hialurônico é reabsorvido pela pele com o tempo, portanto, pode ser necessário fazer a aplicação novamente.
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