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Óleo de coco: benefícios para o seu cabelo e corpo

Pequenas quantidades do produto podem ajudar na hidratação da pele e cabelos e também prevenir estrias

O óleo de coco é uma substância extraída da fruta coco, que pode trazer benefícios para a alimentação, cuidados com a pele, cabelos e unha. O óleo de coco pode ser encontrado na forma refinada e extravirgem.

O óleo de coco refinado é feito a partir do coco seco, e pode ter o uso de mais químicos para chegar a sua consistência. Já o extravirgem é feito com o coco fresco e com pouco ou nenhum uso de agentes químicos para a sua formulação. Normalmente o óleo de coco é encontrado em estado líquido em temperatura ambiente, ficando sólido e branco quando colocado em baixas temperaturas.

Apesar de existirem cada vez mais indícios dos benefícios do óleo de coco na alimentação e usado de forma tópica, em cosméticos ou em seu estado natural, ainda não há consenso nas comunidades médicas e científicas sobre as suas propriedades: hidratante, antibacteriana, anti-inflamatória, antifúngica etc., além das contraindicações e riscos do seu uso. Mais estudos ainda são necessários para essas comprovações.

Na alimentação o óleo de coco tem sido utilizado para auxiliar a para perda de peso, controlar o colesterol e melhorar a imunidade. Já no âmbito da estética, a substância, quando aplicada de forma tópica, ou seja, sobre pele ou cabelos, pode fornecer nutrientes para essas áreas do corpo.

Isso porque quando o óleo de coco é ingerido, seus nutrientes não conseguem ser totalmente absorvidos pelo cabelo e pele. Sendo assim, se aplicado diretamente nessas regiões, a absorção dos nutrientes é mais rápida. O maior consenso sobre os seus benefícios é na hidratação, principalmente da pele e cabelos secos ou ressecados.

Conheça os benefícios do óleo de coco para pele e cabelos:

Óleo de coco para hidratar a pele

É possível utilizar o óleo de coco para hidratar a pele basicamente de três formas: puro, misturando um pouco do óleo aos seus hidratantes ou utilizando produtos que contenham o óleo de coco na sua composição, que é a forma mais recomendada pelos dermatologistas.

As peles mais secas ou ressecadas são as maiores beneficiadas, pois “o óleo é rico em ácidos graxos e vitamina E, propriedades que podem ser boas para a hidratação“, diz a dermatologista Carolina Reato Marçon, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Já para as peles oleosas ou acneicas, a dermatologista contraindica o seu uso, especialmente na face, por correr o risco de piorar a situação. Ela explica que o óleo de coco é capaz de fazer a hidratação ativa e passiva da pele, ou seja, é capaz tanto de hidratar a pele em si quanto de manter esta hidratação na pele através de uma película, que protegeria contra a perda de água. Nesse caso, essa película pode causar mais obstrução e piorar a acne neste tipo de pele.

Uma vantagem de ter o óleo de coco associado a produtos, como hidratantes, é que as vezes apenas o óleo não consegue atravessar a pele se ele estiver puro, fazendo com que ele fique apenas numa camada por cima. De forma diluída ele consegue penetrar nas camadas da pele.

“Isso acontece porque, na nossa pele, entre as camadas, temos o manto hidrolipídico – que é composto por água e óleo – e como os hidratantes entram por esta mistura, se tiver muito óleo ele pode não conseguir penetrar a pele”, explica Ana Carolina Ribeiro, coordenadora de Pós Graduação da Associação Brasileira de Cosmetologia.

Por outro lado, caso a pele esteja muito seca, o óleo puro pode ter um efeito mais hidratante e reparador. O óleo de coco pode ser especialmente benéfico para as áreas mais ressecadas do corpo, como calcanhares, joelhos e cotovelos.

Hidratação para pele de idosos

A pele dos idosos demanda cuidados especiais, pois costuma ser bastante fina e ressecada. Para melhorar esse aspecto e ter uma hidratação efetiva, o idoso pode aproveitar do óleo de coco nesta hidratação – seja no creme com ele como componente, adicionando um pouco do óleo ao hidratante em casa ou o utilizando puro.

“Nos idosos é possível passar o óleo, em pequenas quantidades, todos os dias enquanto a pele ainda estiver seca. Quanto mais normalizada ela estiver, mais espaçada deve ser a aplicação”, orienta Ana Carolina. O mesmo vale para pessoas com diabetes, que também costumam ter problemas de cicatrização.

Hidratação para peles como dermatite atópica

Além disso, pessoas que têm pele muito seca costumam apresentar dermatite atópica, uma doença relacionada ao ressecamento. Em vista desse problema pode acontecer de a região apresentar pequenas feridas e o óleo de coco, além de hidratar a região, também pode ajudar a melhorar esse problema de pele.

“Há na literatura médica indícios de propriedade antibacteriana para o óleo de coco. Estudos laboratoriais mostraram efeito principalmente contra as bactérias Staphylococcus aureus, que são muito comuns na pele e estão associadas à piora de certas doenças, como a dermatite atópica”, diz a dermatologista Lilia.

No caso da dermatite atópica, que é uma doença de pele relacionada ao seu ressecamento, apenas a hidratação já pode representar uma melhora significativa no aspecto da pele. Contudo, pessoas com esta condição também são muito mais sujeitas a terem alergias, por isso é importante que utilizem produtos específicos, ou com a menor quantidade de agentes químicos possíveis.

“Como o óleo de coco tem propriedades antibacteriana, antifúngica, antimicrobiana e antioxidante, ele ajuda a melhorar alguns problemas de pele como coceiras, inflamações e cicatrizes. Isso acontece porque ele contém uma substância chamada ácido láurico e o nosso corpo converte esse ácido em um composto tóxico para vírus, bactérias etc. Isso faz com que o óleo de coco possa ser usado também para ajudar na cicatrização de feridas mais superficiais”, diz a dermatologista Angélica.

Contudo, segundo explica a dermatologista Carolina, por mais que existam indícios de seus benefícios, ainda faltam estudos que comprovem a segurança do óleo para a cicatrização de feridas, logo, se a recomendação for feita, deve se ter cautela.

Caso a pessoa queira utilizar o óleo de coco e seja liberada para isso por seu médico, ela não deve utilizá-lo sobre o corte aberto, e sim ao seu redor. “A partir do momento que ele estiver fechado, com casquinha, se pode passar um pouco do produto por cima do ferimento. Não há o risco de inflamar o local por causa da função anti-inflamatória”, diz a cosmetóloga Ana Carolina.

Para saber se a pele está seca o suficiente para usar o óleo puro para hidrata-la, é possível fazer o teste de aplicar um pouco do produto sobre uma pequena área e esperar alguns minutos para ver se a pele absorve.

Se, ao invés disso, apenas ficar uma camada oleosa sobre a pele, você não deve utiliza-lo puro. Lembre-se que se deve usar apenas uma quantidade o suficiente para espalhar o produto sobre o local desejado, e não para besuntá-lo.

Para hidratar o cabelo

A hidratação do cabelo com o óleo de coco é muito parecida com a do corpo. Ele também pode ser utilizado puro, estar como ingrediente em um produto cosmético ou ser adicionado ao seu xampu, condicionador e/ou creme para pentear de preferência.

O maior benefício do óleo de coco para o cabelo é que ele é rico em ácidos graxos – que neste caso são poli-insaturados. Isso significa, na prática, que o nosso corpo não produz esses ácidos, mas eles são essenciais para o seu funcionamento. Eles entram no nosso organismo através da alimentação e, no caso da pele e cabelos, pelo contato direto com a área que se aplica.

“Entre as camadas do fio temos uma camada de ácido graxo, mas com as lavagens, química e radiação solar esse óleo é degradado, alterado, o que faz com que uma cutícula não fique mais aderida a outra, causando as pontas duplas e os sinais de ressecamento”, explica Ana Carolina.

Para aproveitar os benefícios, a dermatologista Angélica Pimenta explica que “o ideal é utilizar o óleo de coco numa máscara para hidratação semanalmente se o cabelo é muito ressecado, ou uma vez a cada 15 dias se ele é menos ressecado”.

A quantidade de óleo de coco utilizada demanda ainda mais atenção para não deixar os fios pesados, “ensebados” e sem vida. Segundo Juan Gonzales, cabeleireiro do salão Corte&Cortes, a quantidade do produto será diferente para o tamanho do cabelo e a forma de aplicação.

Ou seja, “se tem o cabelo muito ressecado e acabou de fazer uma tintura, por exemplo, que resseca ainda mais o fio, ela pode adicionar três gotas do produto ao xampu. Em condicionadores, a quantidade não deve ultrapassar o tamanho de uma moeda de cinquenta centavos e em cremes sem enxágue de duas a três gotas”, diz o cabeleireiro.

Os especialistas não recomendam o uso do óleo de coco em cabelos já com bastante oleosidade, pois ele poderia piorar o seu aspecto. Se for utilizá-lo, além de passar só nas pontas, deixe por menos tempo o produto agindo no cabelo e jamais durma com ele nos fios, pois pode piorar ainda mais o quadro de oleosidade.

Agora um ponto importantíssimo é que o óleo de coco nunca deve ser passado antes da chapinha, secador, ou modeladores de cabelo que geram calor, pois ele pode, literalmente, fritar os fios. Antes de expor as madeixas ao calor devem ser usados protetores térmicos e, depois de feito este processo, pode se adicionar o óleo.

Para preparar as unhas para manicure

Como o óleo de coco é altamente hidratante, ele pode ser usado para melhorar áreas naturalmente muito ressecadas, como os pés, cotovelos e joelhos. Na preparação para a manicure e pedicure, ele ajuda hidratando a pele e as cutículas, melhorando o seu aspecto.

O óleo de coco fortalece as unhas, facilita o lixamento e auxilia na remoção do excesso de pele. Para isso, pode-se aplicar algumas gotas e massagear sobre as unhas e cutículas. “Para hidratar a pele dos mãos e pés, pode-se utilizar uma quantidade um pouco maior de óleo de coco e, para potencializar ainda mais o efeito, é só ‘enrolar’ o local com um plástico filme ou saquinho plástico”, diz Lilia Guadanhim, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Esse processo pode ser feito uma vez por semana como preparação para manicure e pedicure, ou diariamente no caso de unhas frágeis e/ou mãos e pés ressecados.

Prevenção de estrias

Apesar de ainda estarem sendo realizados estudos que comprovem a real efetividade do óleo de coco na prevenção das estrias, já se sabe que a pele bem hidratada tem menos risco de apresentar o sintoma, inclusive durante a gravidez.

“Como o óleo de coco possui ação hidratante ativa (realmente hidrata) e passiva (mantém a hidratação), é possível que ele ajude na prevenção de estrias”, diz a dermatologista Carolina Marçon.

Mas, atenção, o óleo não irá ajudar a tratar uma estria já formada, branca ou vermelha, pois já se trata de uma ruptura de fibras e não apenas de uma questão de hidratação. Para isso, existem tratamentos dermatológicos específicos que visam diminuir os sinais de acordo com cada tipo de pele.

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