O câncer de próstata é cercado por muitos mitos que podem levar à desinformação e a decisões equivocadas sobre a saúde masculin
Estudo: existe relação entre anticoncepcional e câncer de mama
Pesquisa realizada na Dinamarca indicou que a chance de adquirir a doença pode ser até 20% maior em mulheres que tomam pílula
A relação entre as pílulas anticoncepcionais e a incidência de câncer de mama perdeu força nos últimos anos com a diminuição da quantidade de hormônios presente no medicamento. No entanto, uma recente pesquisa feita na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, alerta que a preocupação deve ser mantida, pois há um perigo real para mulheres que usam o método contraceptivo há mais de cinco anos.
O estudo, publicado no fim de 2017, envolveu toda a população feminina da Dinamarca – cerca de 1,8 milhão de mulheres entre 15 e 49 anos de idade, exceto aquelas com histórico de câncer ou tromboembolismo venoso e as que receberam tratamento para a infertilidade.
Ao acompanhar o grande grupo durante quase 11 anos, os cientistas descobriram 11 517 casos de câncer. A conclusão foi que as voluntárias que usavam pílula tinham chance 20% maior de desenvolver a doença quando comparadas a mulheres que não tomavam os comprimidos – embora o risco tenha aumentado também com a idade e variado de acordo com a formulação dos remédios. Não houve aumento de risco para quem ingeria o contraceptivo há menos de cinco anos.
De acordo com a análise, o risco foi maior em quem usava o anticoncepcional há mais de dez anos e estava acima dos 40. Além do remédio, o dispositivo intrauterino (DIU) com progesterona também foi vinculado a riscos.
Como os próprios autores do estudo reforçam, a ameaça ligada aos métodos contraceptivos citados é pequena. Por isso, não há motivo para pânico – vale apenas avaliar se no seu caso, a pílula traz mais riscos do que benefícios. “O uso de qualquer tipo de anticoncepcional hormonal (incluindo o DIU de progesterona) se associou a 1,3 novos casos de câncer de mama para cada 10.000 mulheres ao ano, uma parcela pequena. Nossa orientação é que as mulheres não interrompam o uso dos anticoncepcionais, mas que conversem com seus médicos e avaliem os riscos“, explica o médico Adolfo Scherr, oncologista e membro do Grupo SOnHe SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.
Segundo Adolfo, aquelas que já tiveram câncer ou que possuem risco elevado para desenvolver esse tipo de doença (mãe ou irmãs acometidas pela doença) devem discutir o uso de outros métodos contraceptivos.
O outro lado
Um estudo conduzido no Reino Unido e publicado em junho de 2017 no periódico American Journal of Obstetrics and Gynaecology, com mais de 46 mil mulheres acompanhadas por 44 anos, mostrou que o uso de anticoncepcional hormonal oral (pílula) reduziu o risco de câncer de ovário em 33%, do câncer de endométrio em 34% e do câncer de intestino (colorretal) em 19%. “Anticoncepcionais também auxiliam no tratamento e no controle dos sintomas de diversas enfermidades ginecológicas como a síndrome dos ovários policísticos e a endometriose”, acrescenta o médico.
Fatores de risco
Cerca 5 a 10% dos casos de câncer de mama estão ligados a questões hereditárias. “Sua origem está relacionada à presença de mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente os genes BRCA1 e BRCA2″, fala Adolfo. Nesse caso,o especialista diz que é comum verificar vários casos de câncer em mulheres com parentesco próximo, acometendo geralmente as mais jovens.
Os outros casos, chamados de esporádicos, estão relacionados a fatores de risco, como idade, história reprodutiva e hábitos comportamentais, como dieta e exercício.
O sedentarismo é uma ameaça comprovada à saúde das mamas. “Mas estudos epidemiológicos sugerem que a realização de três a quatro horas de exercícios físicos moderados a vigorosos semanalmente sejam capazes de reduzir em 30% a 40% o risco do tumor em mulheres sedentárias, especialmente as que já estão na menopausa“, explica o oncologista.
Farmacêutica, Bioquímica e Nutricionista
Graduanda em farmácia estética
Pós graduação em farmácia clínica e atenção Farmacêutica
Pós graduação em fitoterapia clínica
Formada em nutrição
Atua como farmacêutica há mais de 10 anos no mercado
magistral, Com Inscrição no Conselho Regional de Farmácia N.46216
This Post Has 0 Comments