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H3N2

Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador têm sofrido com o alto número de casos de Influenza H3N2, o que preocupa os profissionais da saúde e os órgãos competentes. Com sintomas parecidos aos de uma gripe comum, essa nova cepa pode estar relacionada com a baixa vacinação. Por isso, confira tudo o que o Blog da Unic separou sobre o assunto.

O H3N2, assim como o H1N1, é um subtipo de influenzavírus A. Ele possui uma característica sazonal. Ou seja, circula o ano todo, nas mais diferentes regiões do mundo. Contudo, predomina nos meses de outono e inverno. O surto de agora é extratemporal de influenza. Pode ter uma relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe, além da flexibilização das medidas de restrição e prevenção adotadas contra a Covid-19.

O que é a influenza H3N2?

O vírus H3N2 é um dos subtipos do vírus Influenza A, também conhecido como vírus do tipo A. Assim, é um dos principais responsáveis pela gripe comum, que também é conhecida como gripe A, e pelos resfriados.

Surgida em 1960, o primeiro caso do H3N2 foi em Hong Kong. Porém, sofreu uma mutação ainda na Austrália. Dessa forma, ficou chamada como Darwin, o nome da cidade australiana onde foi sequenciada.

Além disso, de acordo com o Influenza Research Database, um banco de dados global com informações sobre os tipos de vírus da gripe já identificados, a cape H3N2 foi coletada pela primeira vez na Austrália e teve o genoma submetido ao GenBank em 2008.

Como se dá a transmissão?

A Influenza tem uma rápida transmissão, sendo muito semelhante ao do coronavírus. Ou seja, é transmitida por gotículas expelidas pela tosse, espirro ou fala.

Quanto tempo dura?

Segundo informações da Fio Cruz, o período de incubação do vírus é de três a cinco dias, a partir de quando se começa a manifestação dos sintomas. No entanto, também é possível que uma pessoa tenha a doença de maneira assintomática – ou seja, sem apresentar nenhuma reação. Sendo assim, durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença.

Sobre o período de transmissão do vírus em crianças, pode acontecer em até 14 dias. Enquanto isso, em adultos é de até sete dias. Dessa forma, a doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. Além disso, o período de maior risco de contágio é quando há sintomas, principalmente quando for febre.

Quais são os sintomas?

Mais frequentes em crianças e idosos, o vírus H3N2 tem sintomas bastante parecidos ao de gripe comum. São eles:

  • Picos de febre;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Secreção nasal em excesso;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no corpo;
  • Mal-estar intenso;
  • Vômito;
  • Diarreia.

A Influenza possui diferenças da Covid-19, que podem ser vistas já nos primeiros dias de sintomas. Assim, nos primeiros dias, em casos da gripe H3N2, os sintomas são mais intensos. Além disso, existe uma diferença na produção da secreção catarral, que, geralmente, tem o costume de ser mais densa e amarela.

Enquanto isso, quase se fala de casos com quadros mais avançados, é melhor ainda para diferenciar da Covid-19. Ou seja, a influenza não causa a perda do olfato e do paladar.

Em crianças, de acordo com a Fio Cruz, os sintomas podem ser mais diferentes. Dessa maneira, podem apresentar:

  • Respiração rápida ou dificuldade para respirar;
  • Pele azulada (cianose) ou acinzentada;
  • Não tem lágrimas ao chorar (em bebês);
  • Vômito acentuado ou persistente;
  • A criança não acorda ou não apresenta sinais de interação (fica apática);
  • Irritabilidade;
  • Febre com erupção cutânea e tosse persistente.

Como fazer um tratamento adequado?

O tratamento também é bastante semelhante ao da gripe. Ou seja, é indicado que se faça repouso, além da ingestão de muitos líquidos e apostar em uma alimentação leve e equilibrada. O médico também pode acabar indicado o uso de medicamentos antivirais e outros que aliviem os sintomas de dor e de mal-estar, como Parecetamol e Ibuprofeno.

Como se prevenir da H3N2?

A baixa adesão à vacina da gripe fez com que aumentasse os números de pessoas infectadas com o H3N2. Ou seja, a melhor forma de prevenção é a vacinação contra gripe. Gestantes, pessoas com sistema imunológico comprometido e portadores de doenças crônicas devem ficar alertas.

Além disso, para a prevenção, é recomendado de que se mantenha os mesmos cuidados usados para a Covid-19. Ou seja, a utilização de máscaras, evitar aglomerações, respeitar distanciamento social, lavar as mãos de maneira frequente e usar álcool em gel.

No entanto, se você apresentar os sintomas dessa gripe, é ideal que se isole das demais pessoas por até seis dias. Além disso, só se deve sair de casa depois da temperatura ficar normalizada – quando houver episódios de febre.

As melhores dicas para se prevenir

  • Lavar as mãos;
  • Distanciamento social;
  • Uso de máscaras descartáveis;
  • Álcool em gel 70%;
  • Lavar punhos, unhas e espaço entre os dedos;
  • Evitar levar a mão ao rosto;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar aglomerações;
  • Em caso de gripe, não abraçar, beijar ou apertar mãos;
  • Evitar contrato próximo com pessoas que apresentem quaisquer sinais ou sintomas de gripe;
  • Utilizar lenços umedecidos para limpar o nariz ou ao tossir/espirrar;
  • SE VACINE CONTRA A GRIPE!

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