Skip to content

A esteatose hepática, conhecida como gordura no fígado, é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células hepáticas. O fígado desempenha um papel vital na saúde geral, participando do metabolismo e da desintoxicação do corpo.

A relação direta entre uma alimentação inadequada, especialmente rica em gorduras e carboidratos, a obesidade e o desenvolvimento da esteatose hepática destaca a importância de escolhas alimentares saudáveis.

Além disso, o consumo excessivo de álcool aparece como uma das causas, enfatizando a necessidade de compreender e abordar esses fatores para preservar a função hepática e a saúde global do organismo.

Sabendo disso, o Blog da UnicPharma separou mais informações sobre a gordura no fígado, com as principais causas e as formas de tratamento desta condição. Confira tudo a seguir:

Causas e fatores de risco

A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado, é uma condição na qual ocorre o acúmulo excessivo de lipídios nas células hepáticas. Esse fenômeno pode ser desencadeado por diversas causas, destacando-se a alimentação inadequada, especialmente rica em gorduras e carboidratos refinados, associada à obesidade.

O consumo excessivo de álcool é outro fator significativo, levando à esteatose hepática alcoólica. Além disso, condições como resistência à insulina, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica estão correlacionadas com o desenvolvimento da esteatose hepática não alcoólica (NAFLD).

Entre os principais fatores de risco estão:

  1. Obesidade: o excesso de peso, especialmente quando concentrado na região abdominal, está fortemente ligado ao acúmulo de gordura no fígado;
  2. Diabetes tipo 2 e resistência à insulina: a presença dessas condições está associada a um maior risco de desenvolver esteatose hepática;
  3. Síndrome metabólica: a combinação de obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e níveis elevados de triglicerídeos aumenta significativamente o risco;
  4. Idade e gênero: a esteatose hepática é mais comum em pessoas com idade acima de 50 anos e pode ter uma prevalência ligeiramente maior em homens do que em mulheres;
  5. Alimentação inadequada: dietas ricas em gorduras saturadas, carboidratos refinados e açúcares estão associadas a um maior risco;
  6. Atividade física insuficiente: a falta de exercício regular contribui para a obesidade e outros fatores que favorecem a esteatose hepática;
  7. Consumo excessivo de álcool: o abuso crônico de álcool é uma causa significativa de esteatose hepática alcoólica;
  8. Genética: predisposição genética pode influenciar a suscetibilidade à esteatose hepática;
  9. Perda de peso rápida: mudanças abruptas no peso, como aquelas associadas a dietas extremas ou cirurgias bariátricas, podem aumentar o risco;
  10. Doenças metabólicas: distúrbios metabólicos, como hipotiroidismo e doenças relacionadas à lipidemia, podem contribuir para a esteatose hepática;
  11. Medicamentos: alguns medicamentos, como corticosteroides e certos tratamentos para o HIV, podem aumentar o risco.

Tipos de Esteatose Hepática

A esteatose hepática refere-se ao acúmulo anormal de gordura no fígado. Existem duas formas principais de esteatose hepática: a esteatose hepática alcoólica (AH) e a esteatose hepática não alcoólica (NAFLD).

  1. Esteatose Hepática Não Alcoólica (NAFLD):
    • Causas: A NAFLD é principalmente associada a fatores não relacionados ao consumo excessivo de álcool. Os principais fatores de risco incluem obesidade, resistência à insulina, diabetes tipo 2, síndrome metabólica e estilo de vida sedentário.
    • Sintomas: Muitas vezes, a NAFLD é assintomática em estágios iniciais. Em alguns casos, pode evoluir para a esteato-hepatite não alcoólica (NASH), caracterizada por inflamação hepática e lesões celulares.
    • Diagnóstico: Geralmente, o diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, juntamente com a exclusão de outras causas de doença hepática.
  2. Esteatose Hepática Alcoólica (AH):
    • Causas: A AH é causada pelo consumo excessivo e crônico de álcool. O álcool é metabolizado no fígado, e o acúmulo de seus produtos pode levar à deposição de gordura.
    • Sintomas: Os sintomas podem variar de hepatomegalia (aumento do tamanho do fígado) e esteatose a formas mais avançadas, como cirrose alcoólica. A AH pode ser assintomática em seus estágios iniciais.
    • Diagnóstico: O diagnóstico geralmente envolve uma história detalhada de consumo de álcool, exames de sangue para avaliar a função hepática e, em alguns casos, uma biópsia hepática.

Sintomas e diagnóstico

A esteatose hepática nem sempre apresenta sintomas visíveis em seus estágios iniciais. Muitas pessoas com esteatose hepática podem não perceber qualquer sinal de alerta. No entanto, à medida que a condição progride, alguns sintomas e sinais podem se manifestar.

Esses sintomas podem incluir:

  • Fadiga: sensação de cansaço constante e falta de energia;
  • Desconforto abdominal: algumas pessoas podem sentir desconforto ou dor na região superior direita do abdômen, onde o fígado está localizado;
  • Perda de peso não intencional: em casos mais avançados, a esteatose hepática pode levar à perda de peso não intencional;
  • Fraqueza: sensação de fraqueza geral;
  • Confusão ou dificuldade de concentração: em casos mais graves, quando há inflamação e dano ao fígado (como na esteato-hepatite não alcoólica – NASH), podem ocorrer sintomas mais pronunciados, como confusão mental;
  • Aumento do fígado (hepatomegalia): às vezes, o médico pode detectar um aumento no tamanho do fígado durante um exame físico.
  • Icterícia: em casos raros, a esteatose hepática avançada pode levar à icterícia, que se manifesta como amarelamento da pele e dos olhos devido à acumulação de bilirrubina no organismo.

Tratamento

O tratamento da esteatose hepática visa principalmente abordar as causas subjacentes e impedir a progressão para estágios mais avançados, como a esteato-hepatite não alcoólica (NASH) ou cirrose. As principais estratégias de tratamento incluem mudanças no estilo de vida, controle de fatores de risco e monitoramento regular.

Algumas formas de tratamento são:

  1. Estilo de vida saudável: adotar uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e pobre em gorduras saturadas e açúcares é fundamental. O controle do peso através da prática regular de exercícios também desempenha um papel crucial;
  2. Controle de condições associadas: gerenciar condições como diabetes, resistência à insulina e síndrome metabólica é essencial para melhorar a saúde do fígado;
  3. Abstinência de álcool: no caso da esteatose hepática alcoólica (AH), a abstinência total de álcool é vital para evitar danos adicionais ao fígado;
  4. Medicações específicas: em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos para controlar fatores de risco, como diabetes ou hiperlipidemia;
  5. Acompanhamento médico regular: Monitorar a função hepática por meio de exames de sangue e exames de imagem é essencial para avaliar a progressão da condição e ajustar o plano de tratamento conforme necessário;