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Gravidez ectópica: o que é?
O problema é diagnosticado quando o embrião se instala fora do útero
A gravidez é um momento de grandes transformações para a mulher. Durante o período da gestação, o corpo vai se modificando lentamente, preparando-se para o parto e a maternidade. Como é um fenômeno fisiológico, sua evolução se dá, na maior parte dos casos, sem intercorrências.
No entanto, há uma parcela pequena de gestantes que, por conta de algum problema específico, apresenta maiores probabilidades de uma evolução desfavorável. Isso pode, inclusive, afetar o bebê. Essas são as chamadas gestações de alto risco.
O que é gravidez ectópica
De acordo com o Ministério da Saúde, a gravidez ectópica é diagnosticada quando a gestação ocorre fora do útero da mulher, ou seja, quando o óvulo fecundado se instala e se desenvolve fora da cavidade uterina.
Infecções, inflamações ou anormalidades nas trompas são as principais causas da gravidez ectópica. São alterações desse tipo que podem fazer com que o embrião tenha dificuldade de percorrer o trajeto em direção ao útero e se fixe em outros pontos do aparelho reprodutor, especialmente nas trompas.
Estima-se que quase 1% da população feminina seja acometida pela gravidez ectópico e, embora pareça baixo, o número é alarmante e deve ser e pede ainda mais dedicação da gestante aos exames de pré-natal, mantendo as consultas com o ginecologista ou obstetra sempre atualizadas.
Conheça fatores de risco e sintomas
É importante deixar claro que qualquer mulher corre risco de ter uma gestação ectópica. No entanto, alguns fatores podem contribuir para o problema. Ser tabagista, ter realizado cirurgia ou apresentar uma deformidade na estrutura das tubas uterinas e ter doenças inflamatórias pélvicas e endometriose são fatores de risco, assim como o uso inadequado do DIU como método contraceptivo e a presença de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a clamídia.
Os especialistas do Ministério da Saúde explicam que, muitas vezes, os sintomas de uma gravidez ectópica podem passar despercebidos. Em geral, eles começam a aparecer entre a sexta e a oitava semanas de gestação.
Por coincidência, esse é o mesmo período em que se manifestam sintomas que são típicos de uma gravidez normal. Dores abdominais, sangramentos, além de mal-estar e náuseas são alguns sinais de que algo não pode estar indo bem.
Gravidez ectópica tem tratamento
Uma vez que o ginecologista ou obstetra fez o diagnóstico de gravidez ectópica, é determinado o melhor tratamento para cada caso. O tamanho do saco gestacional, ou seja, o tamanho do embrião é fator determinante para a escolha do procedimento.
De acordo com o Ministério da Saúde, na maioria dos casos, é realizado um procedimento cirúrgico que remove embrião e repara a área danificada. Nesse processo, o médico faz uma avaliação para decidir se preserva ou não a trompa afetada.
Diante de uma baixa gravidade da gravidez ectópica e de um embrião pequeno (com menos de 4cm e sem batimento cardíaco), há a possibilidade de se realizar um tratamento clínico com o uso de medicação. Nesse caso, o objetivo é tentar fazer com que o próprio corpo faça a reabsorção do embrião, preservando a trampa afetada.
Lembrando: a gravidez ectópica não permite o desenvolvimento completo do embrião.
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