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Cuidados com as unhas protegem a saúde

Micoses e alergias são exemplos de problemas que surgem pelas unhas

A principal função das unhas é proteger a ponta dos dedos das mãos e dos pés de traumas e choques. Mais do que uma questão estética, a aparência das unhas pode dar sinais de que algo não vai bem com o corpo. Por isso, saber cuidar direitinho delas é importante para proteger a saúde como um todo.

Cuidados básicos com as unhas

As unhas podem ser cortadas com tesoura e/ou aparadas com lixas, de preferência de uso pessoal ou descartáveis. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o melhor formato é o arredondado nas mãos e quadrado nos pés.

Quanto ao tamanho das unhas nas mãos é preciso considerar particularidades, como profissão, hábitos e hobbies. Já nos pés, deve-se evitar unhas muito compridas porque elas podem gerar um mecanismo de alavanca e descolar dos dedos. Além de causar dor, isso deixa um aspecto feio e pode levar ao acúmulo de sujeira.

Se você costuma mexer muito com água e/ou produtos de limpeza, o uso de luvas é fundamental para a saúde das unhas! O indicado é usar uma luva de algodão por baixo e uma de borracha por cima. Isso evita que a cutícula se degenere em contato frequente com essas substâncias.

Atenção na manicure!

Falando em cutícula, é importante saber que a função principal dela é impedir a entrada de substâncias e micro-organismos que possam penetrar e atingir a corrente sanguínea. Portanto, quando é retirada, deixa as unhas desprotegidas, facilitando a entrada de fungos e bactérias.

Na hora de lixar, deixe as partes de cima intactas para preservar as camadas de queratina. Removê-las pode deixar as unhas mais frágeis e quebradiças. O mesmo acontece quando você usa acetona para tirar o esmalte. Nesse caso, prefira os produtos sem essa substância.

Ainda sobre produtos químicos para unhas, vale ter atenção: em caso de surgimento de coceira na pele, lesões avermelhadas ou outras complicações, interrompa o uso de esmaltes, fortalecedores, óleos secantes, etc. Lembrando que a alergia ao esmalte costuma dar vermelhidão e coceira no rosto, pescoço e pálpebras.

E quando as unhas encravam?

As unhas encravadas são uma inflamação causada pelo crescimento de parte da unha em direção à pele, provocando lesão. Corte arredondado das unhas dos pés, prática de esportes como corrida e futebol, uso regular de sapatos apertados e meias sintéticas favorecem o encravamento das unhas.

Quando não é tratado adequadamente, o problema pode trazer uma complicação: o granuloma piogênico (popularmente conhecido como “carne esponjosa”). Além de provocar dor, essa lesão sangra facilmente, deixando o organismo ainda mais exposto a micro-organismos. Então, se perceber que as unhas encravaram, procure tratamento adequado com um dermatologista.

Alerta para micoses

A onicomicose é uma infecção nas unhas causada por fungos que se alimentam da queratina. De acordo com a SBD, as unhas dos pés são as mais afetadas por enfrentarem ambientes úmidos, escuros e quentes (os preferidos dos fungos!) com mais frequência do que as mãos.

Como forma de prevenção, vale secar bem os pés sempre que se molhar, usar chinelos de borracha quando tomar banho em locais públicos, evitar usar o mesmo sapato e/ou a mesma meia por muito tempo.

Quando a onicomicose se instala, pode se preparar, porque o tratamento é longo: de 6 meses a 1 ano. Em geral, é feito com uso local de cremes, soluções ou esmaltes. Mas quando o problema afeta mais de 30% de uma unha ou várias unhas ao mesmo tempo, é preciso usar medicamento via oral.

Aqui, os especialistas da SBD fazem um alerta: evite a automedicação, que pode mascarar sintomas e piorar o problema. Não interrompa o tratamento da onicomicose antes do tempo recomendado pelo dermatologista, mesmo que ache que a unha melhorou, pois a infecção ainda pode estar presente e, pior, se espalhar. Então, escute o seu médico!

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