Monitor Holter: o exame que vigia seu coração 24 horas por dia

Entenda como ele funciona e quando é indicado
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. E, na maior parte dos casos, o que agravou a doença ou tornou o problema irreversível foi o diagnóstico e o tratamento tardios.
Por isso, dentro das campanhas de prevenção do coração, são citados os exames de check-up como o eletrocardiograma e o ecocardiograma.
Para fazer o eletrocardiograma (de longa duração) também existe o Monitor Holter: um aparelho portátil que registra o ritmo do coração 24 horas por dia.

Como funciona o Holter?

No Brasil, o modelo mais comum do aparelho é o retangular. O paciente carrega o dispositivo para onde vai da maneira que achar mais confortável, seja preso à cintura ou em alguma bolsa, e o dispositivo fica conectado ao tórax por eletrodos. Para fixar os fios, é importante lembrar que a pele precisa ser limpa com álcool.
O Holter funciona como um mini-gravador digital que registra os dados do batimento cardíaco em uma espécie de cartão de memória que depois será analisado pelo médico. Para fazer uma comparação e avaliação eficaz, ele deve ser usado o dia todo durante as atividades de rotina.

O que o Holter detecta?

O dispositivo pode detectar várias doenças cardíacas, mas seu uso é geralmente indicado para condições específicas que alteram os batimentos cardíacos.
A mais comum é a arritmia, que faz o coração palpitar mais rápido e de forma irregular mesmo quando não há um esforço físico. Ela também pode se manifestar de outras formas, como tonturas e desmaios constantes que outros exames não conseguem explicar a origem.
Já a isquemia miocárdica, doença em há menos passagem de sangue pelas artérias coronárias por causa de placas de gordura, é perigosa porque muitas vezes não apresenta sintomas, e é outra condição que o Holter consegue identificar.
O dispositivo ainda pode ser usado para conferir a eficácia dos medicamentos de um tratamento já iniciado e até para checar a saúde do coração após uma cirurgia, uma angioplastia ou um infarto, e liberar o paciente para voltar a sua rotina sem preocupações.
Além disso, tanto os marca-passos quanto os desfibriladores implantáveis, que ajudam no controle do ritmo cardíaco de pacientes com taquicardia ou bradicardia, são ajustados e programados pelos dados fornecidos pelo Holter.

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Redação