Quando se fala em recuperação muscular após treinos de força, muitos pensam…

A quinina é uma substância alcaloide derivada da casca da árvore de cinchona, conhecida por suas propriedades medicinais. Historicamente, a quinina foi amplamente utilizada no tratamento da malária, mas suas propriedades não param por aí.
Hoje, a quinina também é estudada e aplicada para tratar uma série de condições de saúde, incluindo distúrbios musculares, febres e até cãibras nas pernas.
Quer saber o que realmente é essa substância? O Blog da UnicPharma separou um guia completo sobre o que é a quinina, como ela pode beneficiar sua saúde e por que ela é considerada um recurso valioso no tratamento de diversas doenças.
O que é a quinina?
A quinina é um alcaloide extraído da casca da árvore Cinchona, nativa da América do Sul. Sua popularidade começou no século XVII, quando foi descoberta por indígenas peruanos e utilizada para tratar febres. Hoje, a quinina é usada principalmente no tratamento da malária, uma doença tropical causada por parasitas transmitidos por mosquitos.
Além disso, a quinina também é um ingrediente comum em bebidas como a água tônica, embora em quantidades menores, onde é usada para dar o sabor amargo característico da bebida.
Benefícios da quinina para a saúde
Embora seu uso seja mais conhecido no combate à malária, a quinina tem uma série de outros benefícios para a saúde. Vamos explorar alguns dos principais efeitos dessa substância no corpo:
1. Tratamento da malária
Historicamente, a quinina é mais famosa por sua eficácia no tratamento da malária. Ela age matando o parasita responsável pela doença, inibindo a ação do protozoário Plasmodium que causa a infecção. A quinina foi o tratamento principal para a malária até o desenvolvimento de medicamentos mais modernos, como a cloroquina, mas ela ainda é usada em casos mais graves ou em que os tratamentos mais recentes falham.
2. Alívio de cãibras nas pernas
Um dos usos mais comuns da quinina, especialmente em sua forma de suplemento, é no alívio de cãibras nas pernas. Muitas pessoas sofrem com cãibras musculares, especialmente à noite, e a quinina tem se mostrado eficaz na redução desses episódios dolorosos. Ela age relaxando os músculos e promovendo um alívio temporário da dor associada às cãibras.
Embora o uso de quinina para cãibras seja popular, ela deve ser administrada sob orientação médica, pois o consumo excessivo pode causar efeitos colaterais, como tontura, zumbido nos ouvidos e problemas cardíacos.
3. Tratamento de febres
A quinina tem propriedades antipiréticas, ou seja, ajuda a reduzir a febre. Devido à sua ação sobre o sistema circulatório, ela pode ser útil no controle da febre, especialmente em infecções causadas por doenças tropicais, como a malária. Ela pode ser utilizada como parte do tratamento para controlar a febre associada a essas doenças.
4. Propriedades anti-inflamatórias
Além de seu uso no tratamento de doenças infecciosas, a quinina também possui propriedades anti-inflamatórias. Estudos indicam que a quinina pode reduzir a inflamação em diversas condições, como artrite e outras doenças inflamatórias crônicas. Essa propriedade torna a quinina útil no controle de dor e inchaço em algumas condições musculares e articulares.
5. Ação analgésica
A quinina também pode atuar como um analgésico leve, aliviando dores musculares e articulares. Sua capacidade de bloquear os receptores de dor e diminuir a inflamação torna-a eficaz no tratamento de dores crônicas, como as causadas pela artrite. Contudo, é importante usar a quinina com cautela, sob orientação médica, para evitar efeitos colaterais.
Efeitos colaterais e precauções
Embora a quinina tenha muitos benefícios, ela também pode causar uma série de efeitos colaterais, especialmente quando utilizada em doses mais altas. Alguns dos efeitos adversos mais comuns incluem:
- Tontura e vertigem: A quinina pode afetar o sistema nervoso e causar sensação de tontura ou vertigem, especialmente quando usada em altas doses.
- Zumbido nos ouvidos (tinnitus): O uso excessivo de quinina pode resultar em zumbido nos ouvidos, um efeito colateral desagradável que pode ser um sinal de toxicidade.
- Problemas cardíacos: Em doses altas, a quinina pode afetar o ritmo cardíaco e causar arritmias.
- Reações alérgicas: Algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas à quinina, como erupções cutâneas, dificuldades respiratórias e inchaço.
Portanto, é fundamental que o uso de quinina seja supervisionado por um profissional de saúde, especialmente para pessoas com condições preexistentes, como problemas cardíacos ou alergias.
Como a quinina é consumida?
A quinina pode ser consumida de várias formas, dependendo do objetivo do tratamento:
- Medicamentos prescritos: Para o tratamento da malária ou outras condições graves, a quinina é frequentemente administrada em forma de comprimidos ou injeções sob prescrição médica.
- Água tônica: A quinina também é encontrada em bebidas como a água tônica, embora em quantidades muito menores do que as utilizadas para tratamentos médicos. A água tônica pode ser consumida em pequenas quantidades, mas não é eficaz para tratar condições graves como a malária.
- Suplementos: A quinina está disponível em forma de suplementos, principalmente para o alívio de cãibras nas pernas, mas seu uso deve ser orientado por um médico, pois a dosagem inadequada pode trazer efeitos colaterais.
Considerações finais
A quinina é uma substância natural com uma longa história de uso medicinal, especialmente no tratamento da malária. Além disso, ela oferece vários benefícios para a saúde, como o alívio de cãibras nas pernas, o controle de febres e a ação anti-inflamatória.
No entanto, o uso de quinina deve ser feito com cautela, sob orientação médica, para evitar efeitos colaterais indesejados, especialmente em doses mais altas.
Se você está considerando o uso de quinina, seja para o tratamento de cãibras ou como suplemento, é essencial consultar um profissional de saúde para garantir o uso adequado e seguro.

Farmacêutica, Bioquímica e Nutricionista
Graduanda em farmácia estética
Pós graduação em farmácia clínica e atenção Farmacêutica
Pós graduação em fitoterapia clínica
Formada em nutrição
Atua como farmacêutica há mais de 10 anos no mercado
magistral, Com Inscrição no Conselho Regional de Farmácia N.46216