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Dengue

O Brasil vive momentos de tensão. Isso porque, após a pandemia da Covid-19, mais uma doença vem causando vítimas no país, que enfrenta uma epidemia de dengue. A doença é causada pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Diante disso, o Blog da UnicPharma separou mais informações sobre essa doença, as suas formas de prevenção, o tratamento e os sinais da dengue. Confira tudo a seguir:

O que é a dengue?

A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, sendo causada por quatro sorotipos distintos do vírus. Esta enfermidade tem uma história marcada por séculos de interação entre o vírus, o vetor e as populações humanas.

O primeiro relato documentado de sintomas semelhantes aos da dengue remonta ao século III d.C. na China, mas foi somente no século XX que a doença ganhou reconhecimento global.

O Aedes aegypti, identificado como o principal agente transmissor, é um mosquito urbano altamente adaptado ao ambiente humano. Originário da África, esse vetor se espalhou por todo o mundo, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais, encontrando condições ideais para sua proliferação em áreas urbanas densamente povoadas.

As áreas geográficas mais afetadas concentram-se em regiões da América Latina, Ásia, África e partes da Oceania.

O vírus da dengue se dissemina quando o mosquito infectado pica uma pessoa saudável, introduzindo o vírus em sua corrente sanguínea. Esse ciclo de transmissão, aliado à expansão global do Aedes aegypti, tornou a dengue uma preocupação de saúde pública em escala mundial, exigindo esforços coordenados para prevenção, controle e tratamento da doença.

O ciclo da vida do Aedes aegypti

O ciclo de vida do Aedes aegypti compreende quatro estágios: ovo, larva, pupa e adulto. Após a fêmea depositar seus ovos em recipientes de água parada, como vasos, pneus ou recipientes descartados, os ovos eclodem em larvas.

As larvas, então, passam pelo estágio de pupa antes de emergirem como mosquitos adultos. Este ciclo pode ser concluído em poucos dias, dependendo das condições ambientais.

Vários fatores influenciam a reprodução e proliferação do Aedes aegypti. A água parada é fundamental para o desenvolvimento dos ovos, larvas e pupas, tornando recipientes acumulados nas áreas urbanas locais propícios para a procriação.

Condições climáticas, como temperatura e umidade, também desempenham um papel significativo, afetando a velocidade de desenvolvimento do mosquito.

Sintomas e diagnóstico da Dengue

Os sintomas característicos da dengue abrangem uma ampla gama de manifestações, variando desde casos assintomáticos até formas graves da doença. Geralmente, a infecção inicia-se com um período de incubação de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado.

Os sintomas iniciais são bastante parecidos aos de um quadro gripal, incluindo febre alta, dores de cabeça intensas, dores musculares e articulares, além de dor retro-orbital.

À medida que a infecção progride, podem surgir sintomas mais específicos, como erupções cutâneas, sangramento nas gengivas e petéquias (pequenas manchas vermelhas na pele).

Em casos graves, a dengue pode evoluir para a chamada “síndrome de choque da dengue”, caracterizada por uma queda abrupta da pressão arterial, comprometimento de órgãos e, em alguns casos, resultando em óbito.

Ou seja, entre os sintomas estão:

  • Febre alta: a dengue geralmente se inicia com uma febre súbita e elevada;
  • Dores musculares e articulares: sensação intensa de desconforto muscular e nas articulações;
  • Dor de cabeça intensa: cefaleia persistente, frequentemente acompanhada por pressão nos olhos;
  • Dor retro-orbital: desconforto ocular, especialmente ao movimentar os olhos;
  • Fadiga e fraqueza: sensação de cansaço excessivo e fraqueza geral;
  • Erupções cutâneas: manchas vermelhas na pele, especialmente no tronco e membros;
  • Sangramento nas gengivas: manifestação comum em casos mais graves da doença;
  • Petéquias: pequenas manchas vermelhas na pele causadas por sangramento capilar;
  • Náuseas e vômitos: sintomas gastrointestinais frequentes durante a infecção;
  • Perda de apetite: redução ou perda temporária do apetite.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da dengue é realizado por meio de diferentes métodos, sendo essencial uma abordagem clínica e laboratorial para confirmação precisa. Inicialmente, os profissionais de saúde avaliam os sintomas do paciente, como febre, dores musculares e outros sinais característicos da doença.

Exames laboratoriais, como a detecção de antígenos virais ou a análise de anticorpos específicos, são frequentemente utilizados para confirmar a presença do vírus da dengue no organismo.

Testes sorológicos, como o ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), podem identificar a resposta imunológica do paciente ao vírus. Além disso, a confirmação da dengue grave pode exigir exames mais específicos, incluindo contagem de plaquetas e avaliação da função hepática.

O diagnóstico precoce é crucial para um manejo adequado da doença, permitindo a implementação de medidas terapêuticas e a prevenção de complicações graves associadas à dengue.

Prevenção e controle da dengue

A prevenção e controle da dengue envolvem estratégias integradas que visam reduzir a reprodução do mosquito Aedes aegypti e minimizar a propagação do vírus. Algumas medidas eficazes incluem:

  1. Eliminação de criadouros: reduzir ou eliminar recipientes que acumulam água parada, como vasos, pneus e garrafas, diminuindo assim os locais propícios para a reprodução do mosquito;
  2. Uso de repelentes e roupas protetoras: indivíduos em áreas de risco devem utilizar repelentes regularmente e vestir roupas que minimizem a exposição à picada do mosquito;
  3. Controle vetorial: aplicação de inseticidas em áreas identificadas como focos de infestação do Aedes aegypti para reduzir a população de mosquitos;
  4. Educação e conscientização: campanhas educativas para informar a população sobre medidas preventivas, sintomas da dengue e a importância do diagnóstico precoce;
  5. Monitoramento epidemiológico: acompanhamento constante dos casos de dengue em determinadas regiões, permitindo uma resposta rápida diante de surtos;
  6. Parcerias comunitárias: engajamento da comunidade na identificação e eliminação de criadouros, promovendo a responsabilidade coletiva na prevenção da doença;
  7. Pesquisa e inovação: investimento em pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias e estratégias de controle, incluindo métodos biológicos e genéticos para reduzir a população do Aedes aegypti.

Como é o tratamento

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas, minimizar complicações e garantir a recuperação do paciente. Não existe um tratamento específico antiviral para a dengue, portanto, as abordagens são principalmente de suporte.

Entre os cuidados estão:

  1. Hidratação: manter uma hidratação adequada é crucial. Em casos leves, a ingestão de líquidos por via oral é incentivada, enquanto casos graves podem requerer fluidos intravenosos para corrigir desidratação.
  2. Controle da Febre: antipiréticos como o paracetamol são recomendados para reduzir a febre e aliviar dores no corpo. No entanto, o uso de medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado devido ao risco de complicações hemorrágicas.
  3. Repouso: descanso adequado é fundamental para a recuperação, especialmente nos estágios iniciais da infecção.
  4. Monitoramento Médico: a supervisão médica regular é importante para avaliar a progressão da doença, especialmente em casos mais graves que podem evoluir para a forma hemorrágica.