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O treino de quadríceps é essencial para quem busca força, estabilidade, performance atlética e estética de membros inferiores. Entre os exercícios unilaterais mais eficientes, dois movimentos se destacam: o agachamento búlgaro e o afundo.
Mesmo que possam ser semelhantes à primeira vista, eles apresentam diferenças importantes em estímulo muscular, mecânica articular, estabilidade e nível de ativação do quadríceps. Entender essas distinções e saber ajustar cada exercício ao seu objetivo é fundamental para extrair o máximo resultado.
Diante disso, o Blog da UnicPharma separou mais informações para você, que ama um treino de perna e quer ter os melhores resultados ainda em 2025!
A diferença biomecânica entre o búlgaro e o afundo
Apesar de serem variações do split squat, o posicionamento dos pés e o suporte da perna de trás alteram profundamente a forma como o corpo gera força.
Agachamento Búlgaro
No búlgaro, a perna de trás fica elevada. Isso aumenta a estabilidade do tronco, amplia a amplitude do movimento e reduz a participação da perna posterior.
Como resultado, praticamente todo o esforço é concentrado na perna da frente, o que aumenta o estresse mecânico no quadríceps, especialmente durante a fase excêntrica. A flexão de joelho é maior e o quadríceps trabalha em pré-estiramento, resultando em excelente estímulo para hipertrofia.
Afundo Tradicional
O afundo mantém ambos os pés no chão. Isso gera uma distribuição mais equilibrada da carga entre perna da frente e de trás. Embora o quadríceps seja bastante recrutado, há maior ativação de glúteos, posteriores e estabilizadores do quadril.
A amplitude costuma ser menor do que no búlgaro e o nível de instabilidade lateral é mais alto, o que faz do afundo um exercício completo, porém menos específico para quadríceps quando comparado ao búlgaro.
Qual exercício ativa mais o quadríceps?
Estudos eletromiográficos apontam maior ativação do quadríceps no búlgaro, devido à carga praticamente isolada na perna da frente, maior flexão de joelho e sobrecarga da fase excêntrica.
Enquanto isso, o afundo distribui mais o esforço entre quadríceps e glúteos, tornando-se um exercício mais global. Para quem busca hipertrofia específica da coxa, o búlgaro costuma ser superior. Porém isso não significa que ele seja sempre a melhor escolha para todos os objetivos.
O búlgaro é sempre melhor?
O búlgaro tende a ser mais eficiente quando a prioridade é aumentar massa muscular no quadríceps. Porém o afundo oferece vantagens complementares, como maior melhora de equilíbrio, coordenação, fortalecimento global e acessibilidade para iniciantes.
A escolha ideal depende do objetivo, da experiência do praticante e do planejamento do treino. Ambos podem coexistir na rotina, desde que aplicados estrategicamente.
Como potencializar o quadríceps no agachamento búlgaro
Passo curto
Ao encurtar a passada, aumenta-se a flexão de joelho e a exigência direta do quadríceps. Isso reduz a participação dos glúteos e torna o movimento mais voltado à frente da coxa.
Tronco vertical
Manter o tronco ereto direciona a força para o quadríceps. Inclinações para frente aumentam o trabalho dos glúteos, o que não é o objetivo aqui.
Amplitude máxima
Quanto maior a profundidade do movimento, maior a tensão mecânica aplicada ao quadríceps. A descida deve ser controlada, mantendo alinhamento do joelho e quadris.
Joelho avançando
O avanço do joelho é fundamental para exigir alavanca do quadríceps. Não há problema algum em ultrapassar a ponta do pé desde que haja controle técnico.
Tempo sob tensão
Realizar a descida de maneira lenta, com pelo menos três segundos, aumenta o estímulo excêntrico, considerado um dos maiores gatilhos para hipertrofia muscular.
Carga adequada
O búlgaro aceita cargas progressivas com halteres, barra ou kettlebell. Evitar cargas muito leves é essencial para promover evolução real.
Como potencializar o quadríceps no afundo
Embora o afundo não seja naturalmente tão quadríceps-dominante quanto o búlgaro, ajustes simples tornam o movimento extremamente efetivo.
Passo curto
Um passo menor aumenta a flexão de joelho da perna da frente, direcionando o trabalho para o quadríceps. Passos longos tendem a favorecer glúteos.
Elevação do calcanhar da frente
Elevar levemente o calcanhar da perna da frente com um step pequeno aumenta a dorsiflexão e a flexão de joelho, intensificando o trabalho do quadríceps.
Amplitude controlada
Descer até que o joelho de trás esteja próximo ao chão cria maior estresse na musculatura anterior da coxa da perna da frente.
Estabilização do tronco
Manter o tronco ereto e evitar deslocamentos laterais ajuda a concentração da carga na coxa.
Uso de halteres ao lado do corpo
Essa variação cria uma linha de força mais estável, permitindo maior foco na perna da frente sem sobrecarregar o tronco.
Quando escolher o búlgaro e quando escolher o afundo
Búlgaro
- Treinos focados em quadríceps
- Fase de hipertrofia avançada
- Correção de assimetrias importantes
- Treinos com maior tempo sob tensão
- Ciclos com foco em amplitude profunda
Afundo
- Iniciantes e intermediários
- Treinos metabolicamente intensos
- Dias com alto volume de repetições
- Treinos focados em glúteos e quadríceps em conjunto
- Momentos em que a instabilidade é desejada como estímulo
Erros comuns que reduzem o estímulo do quadríceps
Passadas muito longas
Quanto maior a passada, mais o glúteo assume o movimento. Para quadríceps, mantenha o passo mais curto.
Inclinar demais o tronco
A inclinação aumenta o trabalho do glúteo. Para direcionar o quadríceps, mantenha o tronco ereto.
Carga insuficiente
Cargas leves demais não provocam estímulo mecânico suficiente. O quadríceps responde bem a sobrecarga progressiva.
Amplitude reduzida
Movimentos curtos e sem profundidade reduzem drasticamente o benefício do exercício.
Instabilidade excessiva
Trepidar demais compromete o foco. Nem todo exercício unilateral deve ser instável; estabilidade também gera hipertrofia.
Como montar um treino de quadríceps combinando búlgaro e afundo
Uma estratégia eficiente é alternar semanas de predominância do búlgaro com semanas de foco no afundo. Ou ainda incluir ambos na mesma sessão, com objetivos distintos.
O búlgaro pode ser o exercício principal com carga moderada a alta, enquanto o afundo entra como movimento complementar com maior volume. Outra opção é usar o búlgaro em baixa cadência e o afundo em repetições mais altas, aumentando o estresse metabólico.
Conclusão
Tanto o búlgaro quanto o afundo são exercícios excepcionais para treinar membros inferiores. Porém, quando o objetivo é maximizar o estímulo de quadríceps, o búlgaro geralmente oferece vantagens biomecânicas superiores. O afundo, por sua vez, é versátil, acessível e importante para estabilidade e coordenação.
O segredo é saber ajustar amplitude, passada, postura e tempo sob tensão. Ao dominar esses detalhes, você transforma exercícios aparentemente simples em ferramentas altamente poderosas para hipertrofia e performance.

Farmacêutica, Bioquímica e Nutricionista
Graduanda em farmácia estética
Pós graduação em farmácia clínica e atenção Farmacêutica
Pós graduação em fitoterapia clínica
Formada em nutrição
Atua como farmacêutica há mais de 10 anos no mercado
magistral, Com Inscrição no Conselho Regional de Farmácia N.46216
