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Estudo relaciona vitamina B a colesterol bom

Nutriente é encontrado em carnes, aves, peixes e leite

Bons níveis de colesterol HDL (o colesterol bom) no sangue ajudam na prevenção de doenças cardíacas, mas isso depende de hábitos de vida saudáveis, como prática de exercícios físicos. Um estudo publicado no periódico Metabolism, Clinical and Experimental aponta um novo hábito: consumir vitamina B.

Pesquisadores da University of Florida College of Medicine-Jacksonville (EUA) observaram a interação entre um dos tipos da vitamina B, chamado ácido nicotínico, e células do fígado e do intestino humano. O nutriente é encontrado em carnes, aves, peixes, leite e suplementos vitamínicos e é utilizado pelo organismo para transformar carboidratos em energia.

Na análise, o ácido nicotínico aumentou a atividade de um gene responsável pela produção do principal componente do colesterol HDL, a apolipoproteína. Portanto, a vitamina B não só impede que o HDL saia do sangue, como ainda é capaz de aumentar a sua produção.

Estudos anteriores já haviam relacionado a vitamina ao colesterol, mas somente no novo estudo descobriu-se que ela também pode aumentar a quantidade do colesterol bom no sangue. A novidade ainda deverá ajudar na fabricação de novos medicamentos para a doença.

Mude os hábitos e controle o colesterol

Embora a palavra colesterol tenha adquirido um sentido pejorativo, ele é uma substância indispensável para o funcionamento do nosso metabolismo e está presente em todas as células do corpo. O problema é que existem dois tipos de colesterol: o HDL, chamado comumente de bom colesterol, e o LDL, o colesterol ruim. Em excesso, este último pode gerar diversas complicações para a saúde cardiovascular, podendo até levar à morte. Para evitar esses problemas, reunimos quatro dicas de hábitos que ajudam a prevenir ou – para aqueles que já receberam o diagnóstico – controlar a doença. Confira:

1. Optar pelo azeite de oliva

Embora seja calórico, com recomendação diária máxima estipulada em duas colheres de sopa, o azeite de oliva não só ajuda a diminuir o mau colesterol (LDL) como ainda aumenta o bom colesterol (HDL), explica o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração (Hcor), de São Paulo. Isso ocorre graças aos antioxidantes, como as gorduras monoinsaturadas e a vitamina E presentes no alimento.

Mas, apesar de fornecer esses e outros benefícios, como a capacidade de controlar o diabetes tipo 2, o azeite não deve ser a primeira opção na hora de preparar alimentos fritos. Neste caso, o mais recomendado é usar o óleo de soja, uma vez que ele mostra mais resistência à formação de compostos tóxicos quando aquecido.

2. Trocar a carne por peixe

Para alguns, a associação entre peixes e ácidos graxos ômega 3 é imediata. Mas será que você sabe por que eles são tão bem-vindos na dieta? Um dos motivos é o fato de eles serem uma gordura boa, do tipo insaturada, que reduz, portanto, os níveis de colesterol e triglicérides do sangue.

Além disso, como completa o cardiologista, eles ainda evitam a formação de coágulos que podem obstruir vasos, podendo causar um infarto. Ácidos graxos ômega 3 estão presentes em peixes, como salmão, truta e atum, e em outros alimentos, como linhaça, nozes, rúcula e milho.

3. Praticar exercícios

“Praticar exercícios físicos regularmente é uma maneira eficaz de aumentar a queima de gordura corporal, reduzindo o mau colesterol (LDL)”, aponta Daniel Magnoni. Treinos frequentes também atuam na perda de peso e no controle do diabetes e da pressão alta, problemas que muitas vezes acompanham quem está com colesterol alto. Resumindo: você melhora a sua saúde e, de quebra, ainda entra em forma.

4. Consumir mais fibras

Fibras não podem ficar de fora do cardápio de quem tem colesterol. Primeiro porque elas diminuem a absorção de gorduras pelo organismo, reduzindo o nível de LDL. “O outro motivo é o fato de elas aumentarem a excreção de colesterol na forma de bile”, esclarece o especialista.

Assim, prefira alimentos integrais e consuma frutas com a casca, sempre que possível. Outro conselho é preferir a fruta em seu estado natural, pois, quando aquecida, ela perde parte de suas fibras.

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