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A frequência com que uma pessoa evacua, ou seja, vai ao banheiro para fazer cocô, é um dos aspectos mais comuns da saúde digestiva, mas também um dos mais negligenciados em conversas cotidianas.
No entanto, compreender o que é considerado normal em termos de evacuação e o que pode ser um sinal de alerta é fundamental para a manutenção de um corpo saudável.
Dessa maneira, a evacuação é essencial para a eliminação de resíduos do corpo. Assim sendo, a sua frequência pode refletir a saúde do sistema digestivo e do trato intestinal.
Neste artigo, o Blog da UnicPharma trouxe mais informações sobre quanto tempo é normal ficar sem evacuar, o que pode afetar a frequência de evacuação e quando é necessário buscar ajuda médica.
Qual o período normal de ficar sem ir ao banheiro?
A frequência com que uma pessoa faz cocô pode variar amplamente de indivíduo para indivíduo, e isso depende de vários fatores, incluindo dieta, hidratação, atividade física e saúde do sistema digestivo. No entanto, é importante entender o que se considera “normal” dentro de um intervalo razoável.
De modo geral, a maioria das pessoas evacua entre 3 vezes por semana e 3 vezes por dia. Ou seja, tanto evacuar uma vez por dia quanto 3 vezes por semana são consideradas faixas normais, dependendo das características do corpo de cada pessoa.
O que influencia?
Vários fatores podem influenciar com que frequência uma pessoa vai ao banheiro para evacuar. Assim sendo, entre os principais, estão:
- Dieta rica em fibras: A ingestão de alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, é um dos fatores determinantes para uma evacuação regular. As fibras ajudam a formar fezes mais volumosas e macias, facilitando a eliminação. Uma dieta com baixo consumo de fibras pode levar à constipação e evacuação menos frequente.
- Hidratação adequada: A ingestão de líquidos, especialmente água, é essencial para manter as fezes macias e facilitar a evacuação. Quando o corpo está desidratado, as fezes tendem a se tornar duras e difíceis de eliminar, o que pode levar à constipação. A falta de hidratação é uma das principais causas de evacuação irregular.
- Atividade física: A prática regular de exercícios físicos ajuda a estimular o movimento do trato intestinal, favorecendo evacuações mais regulares. A falta de atividade física, por outro lado, pode contribuir para uma digestão mais lenta e aumento da constipação.
- Rotina e estresse: Mudanças na rotina diária, viagens, mudanças alimentares ou estresse podem afetar a regularidade das evacuações. O estresse, por exemplo, pode afetar o sistema nervoso e prejudicar a função digestiva, levando a alterações no padrão de evacuação.
Qual o tempo que devo me preocupar?
Mesmo que a variação de frequência de evacuação seja natural, existem alguns limites que podem indicar problemas de saúde. Ficar sem evacuar por períodos prolongados pode ser um sinal de constipação ou outros distúrbios digestivos.
- Ficar sem evacuar por mais de 3 dias: Quando uma pessoa fica mais de 3 dias sem evacuar, isso pode ser um sinal de constipação, uma condição em que o intestino está tendo dificuldade em eliminar as fezes. Constipações episódicas não são incomuns, mas se a pessoa não evacuar por um período superior a 3 dias com frequência, ou se a evacuação for muito dolorosa, pode ser necessário investigar as causas subjacentes.
- Fezes duras e difíceis de eliminar: Se, ao evacuar, a pessoa percebe que as fezes estão extremamente duras e difíceis de eliminar, isso pode ser uma indicação de que há retenção fecal, muitas vezes relacionada à constipação crônica. Esse sintoma pode ser acompanhado de dor, distensão abdominal e desconforto.
- Sensação de evacuação incompleta: Algumas pessoas podem se sentir como se não tivessem evacuado completamente, mesmo após uma evacuação. Isso também pode estar relacionado à constipação, em que as fezes ficam presas no cólon e não são completamente eliminadas.
- Dor abdominal intensa ou cólicas: Ficar sem evacuar por longos períodos pode causar acúmulo de fezes no intestino, levando a distensão abdominal e dores fortes. Se isso ocorrer junto com outros sintomas, como náusea ou falta de apetite, é essencial procurar orientação médica.
Condições médicas afetam?
A constipação, quando persistente, pode ser um sintoma de várias condições médicas que afetam o trato gastrointestinal. Alguns desses problemas podem causar períodos prolongados sem evacuação e exigem atenção médica.
Dessa maneira, algumas condições médicas que podem influenciar são:
- Síndrome do Intestino Irritável (SII): A SII é uma condição comum que pode levar a alterações na frequência das evacuações, como constipação alternada com diarreia. Em algumas pessoas, a constipação é o sintoma predominante, e o quadro pode causar longos períodos sem evacuação.
- Obstrução intestinal: Uma obstrução no intestino pode bloquear a passagem das fezes e resultar em retenção fecal por vários dias. Isso é uma emergência médica que requer tratamento imediato.
- Hipotireoidismo: A função reduzida da glândula tireoide pode afetar o metabolismo e diminuir a motilidade intestinal, levando a evacuações mais raras.
- Distúrbios neurológicos: Doenças neurológicas que afetam os nervos que controlam os músculos do intestino podem causar constipação crônica. Isso pode ocorrer em condições como esclerose múltipla ou lesões na medula espinhal.
O que fazer?
Se você está experimentando dificuldades para evacuar e está ficando mais de 3 dias sem ir ao banheiro, existem algumas ações que você pode tomar para melhorar sua situação antes de procurar ajuda médica:
- Aumentar o consumo de fibras: Incluir mais frutas, vegetais e grãos integrais na sua dieta pode ajudar a regular a frequência das evacuações. As fibras aumentam o volume e a suavidade das fezes, facilitando a passagem delas.
- Beber mais líquidos: A hidratação é essencial para evitar fezes duras. Aumentar o consumo de água, chás e outros líquidos pode ajudar a melhorar a função intestinal.
- Exercícios físicos: Praticar atividades físicas regularmente pode ajudar a melhorar o trânsito intestinal. Caminhadas, yoga e outros exercícios leves podem ser benéficos.
- Consultar um médico: Se os sintomas persistirem, é importante buscar a orientação de um médico, especialmente se houver dor abdominal intensa, vômitos ou outros sinais de alerta. O profissional pode recomendar tratamentos, como laxantes suaves ou investigar possíveis condições médicas subjacentes.
Farmacêutica, Bioquímica e Nutricionista
Graduanda em farmácia estética
Pós graduação em farmácia clínica e atenção Farmacêutica
Pós graduação em fitoterapia clínica
Formada em nutrição
Atua como farmacêutica há mais de 10 anos no mercado
magistral, Com Inscrição no Conselho Regional de Farmácia N.46216