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Diabetes

A diabetes mellitus, comumente conhecida como diabetes, é uma das doenças crônicas que mais cresce em prevalência em todo o mundo, a ponto de ser considerada uma verdadeira epidemia global.

O termo “epidemia” é geralmente usado para descrever uma rápida disseminação de doenças infecciosas, mas no contexto da diabetes, ele reflete o aumento dramático no número de casos, suas consequências de longo prazo, e o impacto socioeconômico global que essa condição impõe.

Por isso, neste artigo, o Blog da UnicPharma mais informações sobre a Diabetes e como ela impacta.

O que é Diabetes?

Diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou quando não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz. Assim, a insulina é um hormônio vital produzido pelo pâncreas, responsável por regular a quantidade de glicose (açúcar) no sangue.

Dessa maneira, sem insulina suficiente, ou se o corpo se torna resistente à sua ação, os níveis de glicose no sangue podem subir a níveis perigosos, resultando em hiperglicemia, que é a marca registrada da diabetes.

Existem três principais tipos de diabetes:

  1. Diabetes Tipo 1: uma condição autoimune na qual o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Dessa maneira, essa forma de diabetes geralmente se desenvolve na infância ou adolescência, mas também pode aparecer em adultos.
  2. Diabetes Tipo 2: a forma mais comum de diabetes, que ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente. Acaba sendo frequentemente associada ao excesso de peso e à inatividade física.
  3. Diabetes gestacional: ocorre durante a gravidez, quando o corpo de uma mulher se torna temporariamente resistente à insulina. Assim sendo, mesmo que muitas vezes desapareça após o parto, aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

É uma epidemia mundial?

O termo “epidemia” se aplica à diabetes devido ao seu crescimento alarmante e à sua presença em todas as regiões do mundo. Estima-se que, em 2021, havia cerca de 537 milhões de adultos vivendo com diabetes em todo o mundo, um número que deverá subir para 783 milhões até 2045, se as tendências atuais continuarem.

Dessa maneira, vários fatores contribuíram para essa disseminação global:

1. Mudanças no estilo de vida

O aumento da urbanização, juntamente com o avanço tecnológico, contribuiu para estilos de vida mais sedentários. Assim sendo, menos pessoas estão envolvidas em trabalhos fisicamente exigentes, e a atividade física regular diminuiu drasticamente.

Além disso, a alimentação também mudou, com dietas ricas em açúcares, gorduras saturadas e alimentos processados tornando-se mais comuns. Dessa forma, isso contribuiu para o aumento do peso corporal e a obesidade, que são fatores de risco para a diabetes tipo 2.

2. Envelhecimento da população

A longevidade aumentou em muitas partes do mundo, o que significa que mais pessoas estão vivendo até idades em que a diabetes tipo 2 é mais provável de se desenvolver.

Dessa maneira, a idade avançada é um fator de risco significativo para a diabetes, especialmente em combinação com outros fatores, como sedentarismo e dieta inadequada.

3. Globalização e urbanização

A globalização levou a uma maior disponibilidade de alimentos industrializados e menos nutritivos, mesmo em países em desenvolvimento, onde a taxa de crescimento da diabetes é particularmente preocupante.

Além disso, a migração para áreas urbanas tem sido associada ao aumento do risco de diabetes devido à adoção de dietas ocidentais e à diminuição da atividade física.

4. Fatores socioeconômicos

A desigualdade socioeconômica desempenha um papel crucial na epidemia de diabetes. Em muitas regiões, populações mais pobres têm acesso limitado a alimentos saudáveis e a serviços de saúde de qualidade.

Dessa maneira, esses fatores acabam aumentando o risco de desenvolver diabetes, além de também dificultar o manejo da doença.

5. Genética e etnia

Certos grupos étnicos têm maior predisposição genética para desenvolver diabetes tipo 2. Por exemplo, afrodescendentes, hispânicos, nativos americanos e asiáticos apresentam maior risco de desenvolver a doença do que caucasianos.

Leia mais: Diabetes: não se pode comer nada de doce?

    O impacto

    Os impactos da epidemia de diabetes são profundos, afetando tanto indivíduos quanto sistemas de saúde em escala global.

    1. Saúde individual: diabetes não controlada pode levar a uma série de complicações graves, incluindo doenças cardiovasculares, insuficiência renal, cegueira, amputações de membros inferiores e complicações durante a gravidez. A condição também está associada a um risco aumentado de depressão e diminuição da qualidade de vida.
    2. Impacto econômico: o custo de tratar e manejar a diabetes é extremamente elevado, tanto para os indivíduos quanto para os sistemas de saúde pública. Em 2021, os custos globais relacionados à diabetes foram estimados em 966 bilhões de dólares, um aumento de 316% em relação aos últimos 15 anos. Esses custos incluem despesas médicas diretas, como medicamentos e hospitalizações, e custos indiretos, como perda de produtividade e aposentadoria precoce devido a complicações relacionadas à diabetes.
    3. Sistema de saúde: a pressão sobre os sistemas de saúde é significativa. A necessidade de diagnóstico precoce, monitoramento contínuo, tratamento e manejo de complicações associadas coloca uma carga substancial sobre médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, bem como sobre os recursos financeiros dos sistemas de saúde.

    Como combater essa “epidemia”

    Dada a escala da epidemia de diabetes, estratégias globais para combatê-la se tornaram essenciais. Estas estratégias envolvem uma abordagem multifacetada que inclui prevenção, diagnóstico precoce, manejo eficaz e educação:

    1. Prevenção primária: por meio de mudanças no estilo de vida, como a promoção de dietas saudáveis e a prática regular de atividade física. Campanhas de saúde pública têm se concentrado em aumentar a conscientização sobre os fatores de risco e incentivar mudanças comportamentais em populações de alto risco.
    2. Diagnóstico precoce: crucial para prevenir complicações. Programas de triagem em larga escala, especialmente em populações vulneráveis, podem ajudar a identificar casos de diabetes não diagnosticados e pré-diabetes, permitindo intervenções precoces.
    3. Manejo efetivo: envolve monitoramento contínuo dos níveis de glicose no sangue, medicação, e ajustes no estilo de vida. Tecnologias como monitores de glicose contínuos e aplicativos móveis para gerenciamento de diabetes têm facilitado o manejo diário para muitas pessoas.
    4. Educação e Capacitação: educar pacientes, suas famílias e comunidades sobre a diabetes e suas complicações é essencial para o controle da doença. A capacitação de profissionais de saúde também é crucial para melhorar o atendimento e a orientação fornecida aos pacientes.

    Tenha atenção

    A diabetes tornou-se uma epidemia mundial devido a uma combinação de fatores, incluindo mudanças no estilo de vida, envelhecimento da população, e desigualdades socioeconômicas.

    A doença apresenta desafios significativos para a saúde global e exige uma resposta coordenada que envolva prevenção, diagnóstico precoce, manejo eficaz e educação.

    Com esforços globais concentrados, é possível desacelerar a propagação dessa condição crônica e reduzir seu impacto devastador em indivíduos e sociedades.